Mesmo após a derrota de Gabriel Medina na semifinal e na disputa pelo bronze, o Brasil não ficou sem medalha no surfe. O país conquistou o lugar mais alto do pódio nas Olimpíadas de Tóquio com Ítalo Ferreira
Nascido em 1994, o atleta cresceu em Baía Formosa,
no Rio Grande do Norte, lugar onde mora até hoje
Filho de pai pescador e mãe que trabalhava na pousada onde a família morava, ele começou a surfar usando como prancha a tampa da caixa de isopor onde seu pai guardava os peixes
Aos 10 anos ele ganhou sua primeira prancha e treinava no 'quintal' de casa. Com a mesma idade ganhou um primeiro campeonato local
Não demorou para ele ser descoberto por um diretor de marketing de uma grande marca de surfe, que abriu as portas para a carreira profissional no esporte.
Aos 17 anos, em 2011, foi bicampeão mundial Pro Júnior.
Em 2014, foi campeão brasileiro, se classificando para integrar a Liga Mundial do Surf (WSL).
Com 21 anos, o surfista surpreendeu na primeira temporada, do WSL em 2015, após terminar como sétimo melhor do mundo e vencer o prêmio de 'Rookie Of The Year', o melhor novato do ano.
Em 2019, foi campeão mundial da World Surf League (WSL), após uma vitória em Pipeline, no Havaí, sobre o bicampeão Gabriel Medina. Ítalo se tornou o terceiro brasileiro a conquistar o título mundial.
Em 2021, Ítalo Ferreira se torna o primeiro surfista no mundo a receber a medalha de ouro pelo esporte nos Jogos Olímpicos, após derrotar o japonês Kanoa Igarashi.
Após a vitória, Ítalo Ferreira pretende inspirar outros jovens surfistas. Por isso, vai criar um instituto em sua terra natal no Rio Grande do Norte, com o objetivo de atender crianças de Baía Formosa e dar melhores oportunidades no surfe.
EDIÇÃO: GUSTAVO CORREIA
Texto: Julia Palmieri
Créditos: Reprodução/
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