Em longo texto, ela também elogiou postura do professor que não se colocou no lugar caricato que esperavam
Gustavo Assumpção Publicado em 06/04/2021, às 14h07
A atriz Camila Pitanga usou as redes sociais nesta terça-feira (6) para desabafar sobre a polêmica exposta por João Luiz durante o Big Brother Brasil 21.
Ela repercutiu os acontecimentos na casa e lembrou que os comentários preconceituosos aparecem nos detalhes e que muitas vezes não chegam acompanhados de intenção.
"O racismo é tão nocivo que se infiltra nos detalhes, nas questões só dia a dia. O cabelo afro, crespo, volumoso, até um dia desses era chamado de "cabelo ruim". Quem nunca ouviu isso?", alegou.
Ela ainda elogiou a postura do professor que soube expor sua dor sem ataques.
"O João ontem deu uma aula sobre como é ter que repetir exaustivamente o óbvio de que pessoas pretas não são alegorias engraçadas, pessoas pretas não são personagens caricatos que servem pra satisfazer pessoas brancas", declarou ela.
LEIA NA ÍNTEGRA:
Pensar em racismo ainda vem acompanhado de alguns estereótipos da pessoa branca, com extrema fisionomia de ódio, xingando e ofendendo uma pessoa preta. Muitas pessoas ainda não associam o racismo a risadas, comentários "banais" ou "tradicionais", comparações de "brincadeira", situações "amigáveis" (tudo entre aspas pq não são comentários banais, brincadeiras e etc).
O racismo é tão nocivo que se infiltra nos detalhes, nas questões só dia a dia. O cabelo afro, crespo, volumoso, até um dia desses era chamado de "cabelo ruim". Quem nunca ouviu isso? Mulheres pretas não alisavam seus cabelos por não gostar dele simplesmente, mas por ter aprendido, através de muita humilhação, deboche e comparações, que não deveria gostar. Como gostar de algo em você que te transforma em um alvo de risadas? De apontamentos pejorativos? Que dizem ser ruim?
Ostentar um black power hoje em dia além de LINDO, é resistência. Resistir a todo racismo, preconceito e ódio que tentou apagar o orgulho ancestral. O orgulho da origem, história, descendência, cor, traços, herança.
O João ontem deu uma aula sobre como é ter que repetir exaustivamente o óbvio de que pessoas pretas não são alegorias engraçadas, pessoas pretas não são personagens caricatos que servem pra satisfazer pessoas brancas.
Tem dúvida? Pesquise, aprenda. Errou? Peça desculpas e não reforce o seu racismo tentando se justificar. Não justifique. Reflita. Não quer aprender? Sofra as consequências.
Resistência preta. Por aqui é assim desde que o primeiro preto foi raptado de sua convivência, cruzou o oceano em condições desumanas e pisou nessa terra.
Empareado, o professor João Luiz fez um desabafo contundente no Big Brother Brasil 21 durante o Raio-X desta terça-feira (6). Ele disse estar se sentindo melhor por conseguir expor o que estava sentindo durante o Jogo da Discórdia que incendiou a casa na noite anterior.
"Ontem teve joguinho da discórdia, foi punk em vários aspectos, mas ao mesmo tempo eu estou muito orgulhoso de mim mesmo. Se em algum momento me calei acho que ontem consegui externalizar tudo o que eu estava sentindo, tudo o que estava pensando", declarou ele.
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