Suntuosidade e luxo chamam a atenção na concentração do Sambódromo do Anhembi

Quando a Barroca Zona Sul cruzar o Sambódromo do Anhembi abrindo oficialmente o Desfile das Escolas de Samba de São Paulo na próxima sexta-feira (21), público e jurados verão um espetáculo que promete entrar para a história da folia na cidade. É que as agremiações prepararam carros alegóricos suntuosos, muitos deles com iluminação e coreografia que devem conquistar quem estiver no Anhembi.

Nos dois dias de desfile do Grupo Especial, mais de 70 alegorias vão cruzar o Sambódromo, mostrando o resultado de meses de trabalho de artistas e carnavalescos. Na concentração, curiosos e sambistas acompanham os últimos ajustes, tudo para que cada detalhe funcione no grande dia.

FIQUE DE OLHO

Aposta da Tom Maior para abrir o desfile É Coisa de Preto, uma gigantesca alegoria toda em vermelho promete causar impacto. Com dezenas de esculturas de diferentes tamanhos, o carro terá uma iluminação inédita controlada por um software.

Já na Império de Casa Verde, o destaque é o tamanho das esculturas e o comprimento das alegorias. Logo na abertura, a alegoria que representa a formação do Líbano no enredo Marhaba Lubnan impressiona pela suntuosidade. Arrematada por um acabamento impecável, as esculturas em verde, dourado e tons terrosos chamam a atenção

No enredo sobre a cidade de Atibaia da Acadêmicos do Tatuapé, a influência da imigração japonesa será lembrada em um dos carros. Nele, máscaras gigantes, portais e até mesmo um manekineko, o gato da sorte da cultura oriental, aparecem representados.

Na Gaviões da Fiel, as alegorias seguem um mistério absoluto. No enredo sobre o amor desenvolvido pelo carnavalesco Paulo Barros, cada carro só vai ganhar vida quando atravessar a passarela do Sambódromo. Em sua estreia em São Paulo, ele promete alegorias coreografadas com centenas de componentes.

Outro destaque entre as agremiações é a Mocidade Alegre. A escola da Zona Norte de São Paulo prepara um desfile grandioso para retornar ao caminho da década vitoriosa que viveu entre os anos de 2010 e 2019. Neste ano, o enredo sobre orixás femininos chama a atenção pela fácil leitura: basta observar os carros alegóricos para perceber facilmente referências à Iemenjá, Oxum e Iansão, por exemplo.