Théo Medon dispensa dublê e se diverte em cenas de ação no cinema: ‘Desprender de si’

Protagonista do longa-metragem Pequenas Criaturas, ao lado de Carolina Dieckmann, o ator Théo Medon vive um dos melhores momentos de sua carreira. No filme gravado em Brasília, o artista interpreta André, um personagem que vive em 1980. 

Em entrevista à Contigo!, o artista fala sobre carreira no cinema, conta como é trabalhar com grandes artistas e se diverte ao lembrar cenas de ação que dispensou dublê. 

Leia a entrevista na íntegra

Personagem André em Pequenas Criaturas

O André foi uma surpresa. Inesperado. E quando fiz o meu teste, senti que ele era para mim! Acho que a diretora, a Anne Pinheiro Guimarães, também logo viu o André em mim, deu match, a gente se achou. Foi um dos pontos altos do meu ano. Fiquei muito feliz em trabalhar nesse projeto e com essa equipe.

Personagem ambientado em Brasília, em 1980

Foi incrível conhecer Brasília e ainda ter a oportunidade de, ao mesmo tempo, entender como era a Brasília dos anos 1980, já que os cenários, objetos de cena e caracterização me trouxeram essa realidade que me ajudou muito a construir quem era o André. E mais que cultural, a imersão foi no personagem mesmo. Construir o olhar do André, o pensamento, os trejeitos.

Surpresas da imersão de época

A liberdade da época. Acho que, diferente de hoje, os jovens tinham mais liberdade para viver com autonomia todos os desafios da adolescência.

Maiores desafios para compor o personagem 

Quando você se empresta para um personagem, você precisa conseguir se desprender de si e acionar sentimentos que façam você sentir e pensar como ele. O André exigiu de mim o tempo todo uma expressão facial diferente, a reação aos acontecimentos. Eu voltei para casa ainda me sentindo André, demorei uns dias para voltar ao Théo 100%.

Processos da preparação do personagem, por Isabela Garcia 

A Isabela Garcia tem uma sensibilidade incrível para entender como a gente funciona e como tirar o melhor da gente, talvez pelo fato dela ser atriz desde criança, assim como eu. Faz muita diferença ter alguém que nos entende no processo, ela foi fundamental, o André não seria o mesmo sem ela. Quem dera todo ator pudesse ter esse apoio de alguém tão especial como ela.

Atuando ao lado de Carolina Dieckmann e Caco Ciocler

Eu amo trabalhar com pessoas que olham a nova geração e têm brilho nos olhos em dividir com a gente as experiências da profissão, eu sou daqueles que fica atento a tudo e absorvo muita coisa, e esses nomes preciso adicionar o Fernando Eiras e Letícia Sabatella, que troca incrível tive com eles, todos. 

O que o público pode esperar de Pequenas Criaturas

Pequenas Criaturas é um filme que trás beleza. Nas imagens, na história contada, nos silêncios. Acho que é um filme que vai gerar identificação, muita gente pode ter a sensação de estar se vendo naquela história. 

Semelhanças e diferenças entre o ator e o personagem 

A personalidade diferente da minha foi um grande atrativo. O André vive uma adolescência que eu provavelmente não vou viver, então isso me trouxe oportunidades como ator que eu queria muito aproveitar. As cenas de ação foram incríveis de fazer, e fiz questão de fazer todas. Cresci muito com o André. 

Projetos futuros 

Em 2025 quero e vou fazer muito audiovisual. Filmes tem sido meu combustível, vocês vão me ver muito nas telonas, estou animadíssimo para o próximo ano.

Atores que sonha atuar 

Nossa, muitos. Teria uma lista e, sem dúvidas, ainda deixaria alguns de fora. Tony Ramos, Wagner Moura, Fernanda Montenegro, Jim Carrey, Hugh Jackman… eu sou fascinado por audiovisual, acompanho muita coisa, e me inspiro muito também. Estou cada vez mais ansioso para viver meu primeiro vilão, enganar o público que já está acostumado a me ver como o cara gente boa e vir como um personagem de caráter duvidoso ia ser incrível.