Em entrevista exclusiva para a CONTIGO! Novelas, Marcos Veras comenta que está vivendo sua melhor fase aos 42 anos e sofre assédio dos fãs
CONTIGO! Novelas Publicado em 17/08/2022, às 09h10
Ator, comediante e... galã? Por que não? Aos 42 anos de idade, Marcos Veras vive sua melhor fase e sabe disso. Despedindo-se do Enrico de Além da Ilusão, ele emendará novelas na TV Globo com Vai na Fé, próxima trama das 19h, e ainda tem tempo para cuidar de si e da família. Pai de Davi, que completou 2 anos neste mês, Veras guarda com carinho as lembranças do “padrinho” Jô Soares e não perde o otimismo diante da dura realidade que o país atravessa neste momento.
“Foi lindo fazer essa novela. Uma história leve, romântica, porém com muita força. Novela de época tem um jeito de falar diferente, gestual diferente. Me diverti muito fazendo o Enrico.”
“Sou religioso, espiritualizado. Oro todas as noites, me benzo antes de sair de casa. Apesar da formação católica, acredito em todas as religiões e deuses. A fé é algo que guia minha vida.”
“Jô tem uma importância gigante na minha carreira. Uma espécie de padrinho. Fui ao seu programa pelo menos umas sete vezes. As entrevistas viralizavam e isso me dava uma visibilidade ímpar. Até o dia em que ele me convidou para um espetáculo de teatro dirigido por ele. Viramos amigos. Jô era incansável, cheio de ideias, um contador de histórias. Ganhei respeito de muita gente após trabalhar com o Jô. Me trouxe um selo de qualidade, sabe? Aprendi muito com ele. E, claro, rimos bastante. Essa semana reparei que, em casa, tem Jô Soares pra todo lado, seja em um porta-retrato ou até a famosa caneca do programa. Fará muita falta.”
“Porta dos Fundos é um grande fenômeno do humor. Que honra ter feito parte desde o início! Trouxe de volta um frescor e uma audácia que o humor havia esquecido, além de revelar muita gente e, mesmo após 10 anos, continua relevante. Fiz amizades ali pra vida inteira. Os ataques, infelizmente, fazem parte desse momento sombrio que o país e o mundo vivem. Quem faz humor sabe que não irá agradar a todos. Ainda bem.”
“Sou um cara de bem com a vida. Muito caseiro, leal à família, aos meus amigos e ao meu trabalho. Tento enxergar a vida com humor e leveza. Não é fácil, porque a vida é cheia de obstáculos, mas é o jeito que encontrei de seguir em frente. Adoro ficar em casa, receber os amigos. Não sou muito de balada. E depois da paternidade isso se tornou mais forte. A paternidade me trouxe mais responsabilidade, mas também mais otimismo. Preciso acreditar num mundo mais legal.”
“Desigualdade sempre existiu nesse país. Mas agora ela está potencializada, escancarada. É triste e revoltante ver o potencial do Brasil não ser aproveitado. É um absurdo viver em um país que produz alimento como ninguém, mas tem pessoas passando fome. É inaceitável. Mas meu lado otimista se apega às pautas progressistas. Me apego às discussões que nunca estiveram tanto em debate, como racismo, homofobia, sustentabilidade, para construir uma sociedade mais justa, mais humanitária. Quero compartilhar com meu filho as experiências que tenho e as que ele irá me ensinar sobre o mundo.”
“Foi tenso, preocupante, porque se sabia muito pouco sobre o vírus. Por outro lado, tive o privilégio de poder ficar em casa em grande parte do período mais crítico da pandemia. Pude curtir a gravidez, o nascimento do bebê. Me fiz muito presente de uma maneira que, se estivesse trabalhando normalmente, talvez não fosse possível. Sou grato à vida por ter me proporcionado esse período em casa, grudado na minha família. Nós ficamos unidos e mais fortes. E o casamento é um pacto de amor diário. A gente se renova e conversa sempre. Conseguimos preservar o casal mesmo após a chegada de um filho. É fácil? Não! Mas é possível, sim.”
“Estou com 42 anos com carinha de 35, né?! (risos). E me cuidando cada vez mais. Me alimento de forma saudável e faço exercícios. Não abro mão do meu vinho e da minha cervejinha, porque senão ninguém aguenta o rojão. Sou um cara vaidoso mais por causa da profissão do que qualquer outra coisa. Meu corpo e minha imagem fazem parte do meu trabalho também, por isso me cuido. Recebo cantadas de mulheres, homens, senhoras... E de tudo que é jeito: nas redes sociais, pessoalmente... Uns mais diretos que outros. E claro que faz bem, diverte. Faz parte da vida!”
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