Influencer surge irreconhecível em maquiagem realista de Halloween: 'Três horas'

O Dia das Bruxas chegou e tem gente que não brinca quando o assunto é fantasia! Esse é o caso de Laura Risk, de 21 anos, que se dedicou durante todo o mês de outubro a fazer maquiagens hiper realistas para comemorar o Halloween, que acontece oficialmente nesta quinta-feira (31). Influencer com quase 20 mil seguidores nas redes sociais, a jovem estudante de Publicidade e Propaganda chocou seus admiradores nas redes sociais ao surgir com uma make de caveira colorida que mistura a elegância com o psicodélico além de, claro, homenagear o Día de los Muertos, uma tradição mexicana.

Com um efeito profissional de luz e sombra, a maquiagem foi feita em casa pela própria Laura e incrementada com acessórios punk. A influencer de São Bernardo do Campo - SP fez a caveira metade rosa e metade verde, com detalhes em preto e branco que deram o toque de profundidade. Risk ainda colou pinos de metal no rosto, usou uma corrente de prata e uma jaqueta jeans para trazer um ar descontraído e radical.

E você acha que foi fácil? Claro que não! A jovem de 21 anos ficou mais de horas sentada na cadeira se maquiando. "Demorei três horas para fazer, foi até que rápido. Eu já cheguei a demorar mais de 12 horas em maquiagem", brincou. "Eu tô muito acostumada a fazer caveira, sempre foi a coisa que eu mais gostei no Halloween. Acabou sendo mais rápido por conta da minha facilidade".

Quem é Laura Risk?

Em entrevista a Contigo!, a influenciadora digital contou um pouco da sua história tocante. "A Laura Risk é um alter-ego de mim e é boa parte de quem eu sou. Eu sou uma pessoa leonina, que gosta de chamar atenção, mas não necessariamente todas as atenções, sou uma pessoa muito positiva e muito alegre que sempre tenta ver as coisas positivas da vida", disse ela.

Apaixonada desde cedo pela comunicação e pela arte, ela diz que sempre amou se apresentar e fazer teatro: "Dede muito nova sempre fui uma pessoa extremamente comunicativa, de querer ser a principal, nunca me contentava com ser a coadjuvante da minha vida". Mas foi justamente o seu jeito expressivo que fez algumas pessoas ficarem um tanto quanto incomodadas.

"Desde que eu tenho 7 anos eu sofri bullying e sofri até o meu segundo semestre da faculdade. Eu sofri descriminação pelo simples fato das pessoas não me conhecerem e acharem que eu sou chata, desnecessária e basicamente uma menina que eu não sou. Se as pessoas parassem para me conhecer, eu não sou nada do que elas imaginam. Me julgam antes de me conhecer", relembrou ela. "Eu fui por anos chamada de 'pé grande' por ser alta e depois fui diagnosticada com depressão e ansiedade com 13 anos."

Ataques anônimos

Foi durante a adolescência que Laura acabou se tornando - segundo ela - "famosinha" em sua cidade natal, São Bernardo do Campo. Seu reconhecimento público fez com que ela recebesse mensagens anônimas graves que deixaram sua saúde mental ainda mais prejudicada.

"Eram muito cruéis comigo. [...] Falavam que eu era feia, que eu era gorda e que eu deveria me matar. Eu sempre me senti muito sozinha porque eu nunca tive muitos amigos. Mesmo sendo famosinha, eu não tinha muitas pessoas com quem eu poderia contar", lamentou ela. "Quando eu cresci eu entendi que eu não era aquela pessoa que falavam que eu era".

Essa dor virou força e Laura descobriu que, ao contrário do que diziam, ela tinha um talento enorme: a maquiagem. 

O amor pela maquiagem

Risk começou a se dedicar de fato a maquiagem em 2018, quando ganhou uma paleta de sombras super colorida. Ela já gravava e tirava fotos de suas produções, mas nunca publicou nada. Quando teve coragem, copiou uma make da internet e publicou registros no Instagram, o que gerou um enorme choque em seus seguidores.

"Um monte de gente viu e começou a falar: 'começa a postar sobre essas coisas [maquiagem]'. E eu comecei a gravar vídeos de tutoriais. Na época meu ex-namorado não me apoiava, falava que era besteira. Mas eu comecei a investir, me maquiar e, mesmo com a depressão, eu me maquiava pois era uma forma de me expressar", contou.

E, de repente, Laura Risk virou um alter ego da Laura Riskallah: "É uma versão mais confiante, divertida, mais realista e que, depois de muito tempo e conhecimento, descobriu que a Laura Risk sou eu e sempre vai ser eu. A Laura Risk é um alter ego de quando eu estou maquiada. A maquiagem faz você explorar o seu alter ego."

Todo esse talento vem do coração da estudante. Ela, por exemplo, nunca fez um curso de maquiagem artística: "Foi no treino que uma hora eu fiquei boa. A maquiagem é minha paixão. O sonho da minha vida é ter uma marca que seja a minha versão em produtos".

Como é ser influencer?

Mesmo tão nova nesse ramo, Laura já enfrenta algumas dores de cabeça como influenciadora digital: "Eu sabia que eu precisava de um agenciamento e tomei um milhão de golpes [de agências]. Ser influenciadora de maquiagem é extremamente difícil. [...] Eu tento alcançar as pessoas sendo eu, colocando a Laura Risk que as pessoas gostam de assistir, mas mesmo assim eu tenho muita dificuldade de crescer nas redes sociais".

Para Risk, o maior desafio é enfrentar a volatilidade da audiência. Às vezes, um vídeo bate um milhão de visualizações, mas às vezes ela fica horas fazendo uma produção que não é entregue pelas redes sociais da mesma forma: "Você se compara muito nessa área. Você se compara com pessoas que tem menos números, mas fazem publis e possuem um público fiel".

Ela já chegou a ir em grandes eventos com outros influencers e, ao contrário da maioria, não teve o apoio de cabeleireiros ou estilistas para fazer suas produções. Sem apoio de terceiros, ela montou seus figurinos em casa, se maquiou sozinha, tirou fotos profissionais sem ajuda de fotógrafos e conseguiu mostrar que não brinca em serviço no Halloween da Sephora, que aconteceu no começo deste mês. "Influenciadora por amor. É muito difícil todo dia lidar com críticas e com pessoas tentando diminuir seu conteúdo", desabafou.

Se você olhar as redes sociais de Laura, verá que ela publica tutoriais e produções quase todos os dias. Mas como? Segundo ela, "tempo e planejamento". "Como eu estudo de noite, eu faço maquiagem até umas 16h ou 17h. Mas eu já cheguei a fazer maquiagem de madrugada durante a pandemia", explicou.

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