Leandra Leal derrete-se pela filha, Julia, e enfatiza: "Agora sou mãe"

Em meio às ruas históricas de Tiradentes, em Minas Gerais, Leandra Leal, 34 anos, não cansa de agradecer. Além de ter brilhado na minissérie Justiça (Globo, 2016), como a ambiciosa Kellen, e rever seu papel da cantora Rosário na reexibição de Cheias de Charme (2012), a atriz ganhou homenagem durante
a 20ª Mostra de Cinema de Tiradentes, realizada entre os dias 20 e 28 de janeiro. Em 2017, ela completa duas décadas de carreira nas telonas (Leandra estreou no longa A Ostra e o Vento, de Walter Lima Jr, 78, em 1997). “Esse filme me abriu os caminhos e o meu olhar para o cinema, mesmo ainda sendo muito nova. Minha vida seria outra se não tivesse participado dele”, relembra. 

Mas não é só na vida profissional que Leandra anda sorrindo à toa. Desde junho de 2016, a atriz e o marido, Alê Youssef, 42, contam com uma companhia especial em casa: a filha Julia. O casal conseguiu concluir o processo de adoção da menina de 2 anos e agora são oficialmente pais. Durante a mostra, a pequena esteve sempre ao seu lado. E até na hora de subir ao palco, Leandra não desgrudou de Julia. “Como vocês podem ver, agora sou mãe. Fiz questão de trazer minha filha, porque cresci assim, entre artistas, bastidores”, falou, na companhia da mãe, Ângela Leal, 69, e de Helena Ignez, 74. “Ano passado foi um grande fechamento de ciclo, pois terminei meu primeiro filme como diretora e assumi o Teatro Rival. Começar 2017 com essa homenagem me deu a oportunidade de refletir o meu caminho até aqui, respirar fundo e começar a sonhar com os próximos anos”, completou.

Fã assumida de Carnaval, Leandra já tem mostrado nas redes sociais que está ansiosa e vai aproveitar a ótima fase para curtir o período com tudo o que tiver direito, dessa vez, com Julia. “Eu não tenho muita preparação, o que eu faço é bolar as minhas fantasias e combinar com os amigos o roteiro dos blocos. Amo Carnaval e vou curtir, como sempre, os blocos do meu coração: Cordão da Bola Preta, Sem Rival, Baixo Augusta, Cacique de Ramos e todos os outros que eu encontrar no caminho”, diverte-se. 

Ser atriz nunca esteve nos planos de Leandra. A veia artística herdada pela mãe, no entanto, falou mais alto e a fez construir uma carreira sólida entre a TV, o teatro, a música e o cinema. Tanto que fica difícil eleger seu melhor momento. “Tenho memórias lindas de todos os encontros e experiências que vivi até hoje na minha profissão. Amo o que eu faço e sou grata por ter a oportunidade de viver da minha vocação. Seria impossível lembrar de um só”, define.

Leandra também estreou como diretora. Em 2016, ela lançou o documentário Divinas Divas, dedicado aos ícones da primeira geração de artistas travestis do Brasil. “Eu conheço as Divas desde criança. Todas passaram pelo palco do Rival, o teatro da minha família. Eu sou muito realizada como atriz e só dirigiria algo que fosse muito pessoal, por isso queria que o meu primeiro filme como diretora me motivasse como artista e cidadã. Encontrei nas Divas amor pela arte, dedicação e coragem para viver a vida de acordo com o seu sonho”, diz ela, que agradece todo ensinamento que recebeu de Ângela. A atriz acrescenta: “Minha mãe cuidava muito de mim no início da carreira, estudava os textos comigo… Hoje, ela é uma grande amiga, assiste a todos os meus trabalhos e sempre tem alguma palavra boa para me dizer”, conta.

A chegada de Julia veio para mudar, de fato, a vida de Leandra e de Alê. Juntos desde 2010 e discretos em relação à vida pessoal, em dezembro, o casal fez uma tatuagem no braço com o nome da pequena. No mesmo mês, Leandra publicou uma imagem em família e escreveu: “Essa foto resume o ano de 2016, apesar de tantos problemas para o Brasil e o mundo, pessoalmente esse foi o ano mais lindo da nossa vida. Amor e família. E é disso que lembraremos no final. É disso que a histórias são feitas. E é exatamente por isso que devemos lutar mais do que nunca por um mundo melhor e mais justo para todos”.