Tranquila, sentada de pernas cruzadas na cadeira de um salão de beleza, em São Paulo, nem parece que Manu Gavassi, 23 anos, precisou enfrentar mais de três horas no local para radicalizar no visual. A convite da Koleston, a cantora e atriz se juntou ao time de loiras poderosas, que inclui Ivete Sangalo, 44, Sabrina Sato, 35, e Gisele Bündchen, 36. “Tenho zero medo de mudar. Acho muito bom, a mudança te acompanha em fases da vida e te faz se transformar em outras áreas também”, garante ela, em entrevista exclusiva à CONTIGO!. “Já tive uma fase riponga, na adolescência, com o cabelo bem comprido e escuro. Há uns três anos, radicalizei e cortei bem curtinho. Isso me fez adotar um novo estilo. Ser loira vai influenciar em tudo mais uma vez”, diz.
Carreira musical
Depois de uma pausa na música por dois anos, enquanto fazia a novela Em Família (Globo, 2014), e Malhação, na sequência, Manu retornou ao cenário musical com o EP Vício, lançado em novembro do ano passado. “Nem sabia se eu voltaria a cantar. Eu estava gostando de atuar e tomava muito meu tempo, ainda mais com a mudança para o Rio. Mas, então, conheci o Júnior Lima (32), durante uma participação no Altas Horas. Ele me disse que curtia meu trabalho e decidimos produzir juntos”, relembra.
Manu Gavassi (Paulo Santos)
Todas as cinco músicas do novo projeto ganharam clipes e Manu ainda saiu em uma miniturnê pelo Brasil para promover o disco. “Foi surpreendente. Não lancei a versão física e, mesmo assim, todos os fãs sabiam cantar as letras de cor. Foram os melhores shows que eu fiz, e ainda consegui me envolver com a escolha dos figurinos e tudo o mais”, conta. “A imagem é fundamental para a música pop. Ajudei a dirigir o clipe de Direção, que teve a participação do Rafael Vitti (21), e foi o que eu mais gostei de fazer na vida. Consegui experimentar e dar atenção a esses detalhes no trabalho”, fala.
A experiência com Vício ajudou no amadurecimento da cantora. “O EP foi uma chance de me redescobrir no estúdio. Foi um trabalho completamente independente e nunca tinha tido essa autonomia de entrar no estúdio e escolher o que eu queria. Redescobri minha vontade de compor e cantar”, festeja.
Manu Gavassi (Paulo Santos)
Cuidado com os fãs
No início do ano, Manu lançou a campanha #MeSintoLindaComoSou nas redes sociais, promovendo a real beleza de cada pessoa. “Comecei novinha, quando fiz minha primeira capa de revista, eu tinha 16 anos. Sei o que é me cobrar uma perfeição desumana, que te faz sofrer, principalmente numa época em que você ainda está crescendo, mudando e se descobrindo. Não quero passar isso para as meninas que me admiram”, defende. “Fiz um ensaio na minha casa, eu mesma me maquiei, me produzi, foi tudo do meu jeito, sem nenhum tipo de edição. Foi ali que eu me senti representada Aquela era eu de verdade”, relembra. O resultado não poderia ter sido mais positivo. “Várias garotas me mandaram fotos delas, dizendo que passaram a se aceitar. Eu acho que foi bom, porque isso gerou uma discussão. Seja com comentários bons ou ruins, as pessoas pararam para falar sobre aquilo. Você fica tanto tempo nas redes sociais e acaba se comparando muito com as outras pessoas, querendo ser igual a elas, seguindo um modelo. E isso não é saudável. Cada um na sua, cada um tem a sua beleza”, exemplifica.
Planos de fim de ano
Com 2016 no fim, não significa que os planos de Manu também tenham alguma previsão de parar. Ela começa a filmar seu primeiro longa, Ela É o Cara, ainda neste mês de novembro, ao lado da atriz e amiga Thati Lopes, 26, que ficou famosa no programa Porta dos Fundos. “Não pensei que um convite tão legal surgiria logo agora que o ano está chegando ao fim”, comemora. Em dezembro, Manu também volta aos palcos, para o Z Festival, no Allianz Parque, em São Paulo, ao lado de alguns dos maiores nomes da música pop nacional e internacional, como Anitta, 23, Tiago Iorc, 30, e Demi Lovato, 24. “Estou muito ansiosa! Adoro a Demi, nós nos conhecemos em um show que ela fez aqui no Brasil no ano passado”, relembra. “Sou fã de artistas que, como ela, além de cantar, sejam bons contadores de histórias. Quando meu pai me ensinou a tocar violão, aos 13 anos, eu comecei a escrever sobre minha vida. Achei incrível o Bob Dylan (75) ganhando o Nobel de Literatura, porque ele realmente mudou a música contando histórias da maneira dele. Sempre admirei mais os artistas que vão para esse lado, como Alanis Morissette (44) e, atualmente, a Taylor Swift (26) e a Adele (28)”, conclui.