Demitida da Globo, Isabela Scalabrini sofreu preconceito no início da carreira mas quebrou os tabus

Após 44 anos na TV Globo, a jornalista veterana Isabela Scalabrini deixou a emissora, mas ficou marcada na história com o papel da mulher no jornalismo esportivo. Conheça sua trajetória:

Tudo começou em 1979, quando ela foi contratada após um estágio de um ano, no qual aprendeu a apurar, filmar e editar, e, em seguida, foi para o Departamento de Esportes, sendo a primeira mulher do local. Trabalhou para o Globo Esportes e em 1983 cobriu os jogos Pan-Americanos.

Após o destaque, conseguiu que suas matérias entrassem para o Jornal Nacional, além de ser escalada para cobrir diversos outros campeonatos, como Jogos Olímpicos e Copa do Mundo.

Entretanto, no início de sua carreira teve que enfrentar muito preconceito por ser uma mulher trabalhando com esportes, o que não era nada comum na época. Ela conseguiu provar que entendia do assunto, mas respeitou apenas um tabu durante sua trajetória: nunca entrou no vestiário dos jogadores.

Entretanto, em 1992 deixou a área de esportes da Globo e passou a trabalhar na editoria geral, onde cobriu diversos casos de violência e casos policiais. Em 1998, foi transferida para a TV Globo Minas e apresentou o MGTV 1.ª edição até agosto de 2019. Nos últimos anos na emissora fez reportagens de rua para jornais locais da Globo Minas e para o JN.

Ainda apaixonada por esportes, Isabela Scalabrini voltou a participar de uma cobertura de Copa do Mundo, em 2014 no Brasil. A jornalista cobriu os jogos no Estádio do Mineirão, além da derrota do Brasil por 7 a 1 contra a Alemanha, no dia 8 de julho.