Priscila Buiar entrega desafio de atuar em websérie baseada em fanfic: 'Dificuldade'

Protagonista da websérie Stupid Wife, Priscila Buiar fala dos desafios de viver Valentina e da parceria com Priscilla Reis. Workaholic assumida ela aguarda, ansiosa, a estreia da próxima temporada do projeto digital que já conquistou uma legião de fãs. Em bate-papo com a Contigo! Novelas, a atriz entregou o desagio de atuar em uma produção baseada em uma fanfic. "Dificuldade".

Como tem sido atuar em uma websérie?
"Incrível. Eu descobri o universo das webséries em 2018, quando buscava oportunidades em projetos
audiovisuais. As webséries foram um caminho que encontrei para exercer a minha profissão e, por meio
delas, tenho construído um currículo extenso de trabalhos. As webséries projetaram meu trabalho dentro e fora do Brasil. Já fui indicada a muitas premiações e ganhei algumas, entre elas, como melhor atriz de drama no Rio Webfest, e no Asia Web Awards."

Fez algum teste para o elenco de Stupid Wife?
"Eu já conhecia e admirava o trabalho que a produtora Ponto Ação faz há alguns anos. O mercado das webséries ainda não é muito grande, então, eu transitava entre alguns projetos e produtoras. Em 2019, gravei Magenta, com a diretora Priscilla Pugliese, então, eles já conheciam o meu trabalho. Quando Stupid Wife estava em pré-produção e em fase de testes, meu nome já estava na mesa, mas a princípio eu não poderia participar porque estava cotada para uma outra série deles. Muitos testes foram feitos e mesmo assim não encontravam a Valentina. Então, os outros dois sócios da produtora insistiram para que eu mandasse meu selftape e, rapidamente, já tive a resposta com a aprovação, pois o projeto já se iniciaria em poucos dias."

A história é baseada em uma fanfic. Você já tinha lido algum tipo de história assim?
"Nunca tinha lido, mas já sabia do que se tratava justamente por acompanhar a produtora. Acho muito
legal eles trabalharem com esse universo, porque existe um público muito forte e engajado que acompanha as fanfics, então, ter uma produtora que tira do papel essas histórias é uma ideia genial. A única fanfic que li foi Lembre-se de Nós, de Nathalia Sodré, que é a inspiração para a nossa série."

Qual foi o maior desafio deste trabalho?
"Tecnicamente falando, acredito que a maior dificuldade é conseguir atentar à ordem cronológica da história, de onde o personagem está vindo e para onde ele vai. Eu nunca desgrudava do meu roteiro durante as gravações. Ele foi minha bússola juntamente com minhas anotações feitas durante os estudos prévios e durante as preparações."

Sendo artista, não sente algum tipo de receio por conta do posicionamento do público que pode criar outras histórias?
"Sinceramente, não. Eu sei quem eu sou, e eu sei quem a personagem é. Acho que parte do nosso trabalho – quando bem-feito – é fazer as pessoas acreditarem verdadeiramente naquilo que assistem."

Por falar em público, como encara a repercussão desse projeto?
"Estou muito, muito feliz. Eu já sabia que a Ponto Ação tinha um público muito fiel e participativo em
todos os seus projetos. Mas receber esse carinho de perto é diferente! Fico muito surpresa quando vejo
que ele se estende à minha família, agência, marcas com as quais trabalho e represento. É como se eu
nunca estivesse sozinha. Sinto que a cada conquista, a cada pequeno acontecimento, nossas fãs vibram
junto com a gente. É muito lindo e recompensador."

E assédio? Tem rolado algo do tipo?
"A palavra que uso para definir essa relação com o público é a de amor. Como disse acima, sinto que a cada conquista, a cada novo trabalho, a cada matéria ou premiação da qual participo, tenho uma legião de pessoas carinhosas me acompanhando e vibrando junto comigo. Eu, sinceramente, nunca vivi nada parecido na minha vida. Nossas fãs fizeram esse trabalho chegar a lugares que nunca imaginei que chegaria. Todos os nossos episódios têm mais de 1 milhão de visualizações, a série já foi assistida em mais de 35 países, e por meio delas muitas outras portas de projetos, homenagens, podcasts, entrevistas etc. foram se abrindo. Eu sempre serei grata por essa oportunidade."

Sua personagem, a Valentina, é casada com uma mulher. Como tem sido encarar essa temática?
"Maravilhoso! Eu já trabalhei essa temática em outros projetos, como Magenta, Encontro e em uma
paródia de Azul É a Cor Mais Quente. Como artista, escolho interpretar histórias que merecem e que
precisam ser contadas e compartilhadas. É isso o que me move diariamente."

Você e a Priscilla Reis já se conheciam antes? Como foi o primeiro contato em cena?
"Sim! Eu e a Pri já havíamos estudado juntas em dois cursos de ótimos preparadores de elenco. Quando soube que estava aprovada, uma das diretoras me perguntou sobre ela e eu lembro de ter ficado muito feliz, pois sabia que a Pri era bastante dedicada e esforçada como eu, então nossa troca em cena seria muito rica."

Acredita que, de alguma forma, a relação de vocês tem influenciado o público?
"Acredito que sim. Acho que por termos mergulhado de cabeça no projeto e nos dedicado de
corpo e alma, obtivemos um resultado surpreendente. Ainda não consigo entender direito o que
aconteceu do dia 4 de agosto de 2022, quando estreamos, até agora [risos]. Stupid Wife foi e é um fenômeno."