Yanna 2016 - Faya

Yanna Lavigne é um mulherão sim!

A atriz se prepara para viver um de seus maiores papéis na TV, em Liberdade, Liberdade. “A Mimi é altiva, lasciva”, conta sobre a personagem, uma prostituta sob os cuidados de uma cafetina interpretada por Lilia Cabral

por Daniel Lopes Publicado em 22/02/2016, às 08h27 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

Assim que começa a falar, é impossível não se deixar levar pela voz firme, mas delicada de Yanna Lavigne, 26 anos. Firme como a condução de sua carreira, de ascensão estratosférica. “Esta fama não me deslumbra. É uma consequência de todo o esforço e estudo que tive em qualquer trabalho. Levo tudo com calma porque sempre busquei chegar onde estou, sempre com a mesma dedicação. Tudo foi bem suado e eu sou muito pé no chão”, defende ela em bate-papo com CONTIGO!. Desde 2012, Yanna vem emendando papéis em novelas e seriados: Salve Jorge, Além do Horizonte, Dupla Identidade, Babilônia e, mais recentemente, Ligações Perigosas, minissérie exibida em janeiro, na qual interpretou a empregada Júlia, personagem que protagonizou inúmeras cenas bem quentes. “Dentro do ofício do ator, esperamos de tudo, somos preparados para isso. No estúdio, já conhecíamos o diretor, os atores, existia uma intimidade, uma confiança. Foi supertranquilo e profissional. Não foram cenas gratuitas”, afirma. 
Yanna agora se prepara para estrear em outro papel ainda mais sensual, a Mimi de Liberdade, Liberdade, a nova novela das 11 da Globo. “Ela é altiva, lasciva. É a preferida da cafetina e a mais velha, há mais tempo no bordel. Tem uma autoridade sobre as outras meninas”, conta. A cafetina que Yanna cita é o papel de Lilia Cabral, 58, na nova trama. A jovem atriz não carrega muitas preocupações em atuar ao lado da veterana. “Ela é tão generosa que nos deixa calma. Atuar com ela é uma delícia. Eu digo que tranquei a faculdade de Teatro para ter outra escola com a Lilia”, elogia. A novela deve ir ao ar em abril deste ano.


SENSUALIDADE VELADA
Diferente das personagens sensuais que ganham vida na pele de Yanna, ela própria não se considera sexy. “Não mesmo! Me acho o oposto disso, sou absolutamente desligada desses protocolos. As pessoas que convivem comigo me acham muito moleca, não sei se tenho esse quê sensual de mulherão”, confessa. De família tradicional, esse lado sexy revelado na ficção ficou escondido por muito tempo. “Meus pais são conservadores, sim. Tive de deixar isso de lado depois que comecei a estudar teatro. Com o tempo, eles estão se acostumando. Confiam em mim e no meu trabalho, aplaudem, são sempre orgulhosos”, revela. E o namorado, também reage bem? “Ele leva tudo numa boa. Esse é o positivo da relação entre dois atores, viver no mesmo universo, ter os mesmos prós e contras, estar acostumado com esse tipo de situação de uma cena mais sexy ou ousada”, conta sobre Nando Rodrigues, 31, seu parceiro e também ator, prestes a estrear na nova novela das 7, Haja Coração. “Quando não estamos ensaiando algum texto juntos, gostamos de estar perto da natureza e da família”, diz.


VIDA NO JAPÃO
Sexy ou comportada, empregada ou prostituta, Yanna é marcada por suas diferentes facetas. De um lado, descendente de japoneses. Do outro, de baianos. “Comia sushi com uma avó e acarajé com a outra”, se diverte. “Nunca entendi minha identidade. Meu rosto tem a ver com indígena, havaiana, tailandesa. Na profissão já fui turca, amazonense, do interior, uma modelo de São Paulo. Sempre tive receio do que o meu perfil proporcionaria, mas todos os meus trabalhos me levam a crer que ele, na verdade, abre várias portas”, sugere. Aos 15 anos, se mudou para o Japão e foi modelo no país até os 19. “Aqui eu era a japinha e lá eu era a brasileira. Assim que pisei no Japão, me assustei de verdade. É uma cultura completamente diferente... A comida, a religião, a maneira que cada pessoa se comporta. Tudo acabou acontecendo da melhor maneira. Guardo com muito carinho aquele tempo, foi lá que ganhei responsabilidade e independência”, conta. De volta ao Brasil há seis anos, começou a estudar teatro, se mudou para o Rio de Janeiro e o resto da história vai sendo escrita aos poucos. “Cada dia é uma nova descoberta, uma diversão. Fico angustiada de ficar parada, quero sempre mergulhar em novos desafios”, conclui ela, que colocou megahair para a nova personagem. 
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