Abatido, Pedro Cardoso comove fãs com desabafo corajoso nas redes sociais: "Vivo permanentemente ansioso" - Reprodução/Instagram
DESABAFO

Abatido, Pedro Cardoso comove fãs com desabafo corajoso nas redes sociais: "Vivo permanentemente ansioso"

Aos 58 anos, ele disse que encontrou nas redes sociais uma forma de colocar para fora sua revolta

Redação Contigo! Publicado em 06/07/2021, às 09h00

O ator Pedro Cardoso emocionou os fãs ao fazer um longo desabafo nas redes sociais nesta terça-feira (6) em que revela que está abalado com a situação política do Brasil. 

"Bom dia. Foto minha para ilustrar o tema: a ansiedade, as redes antissociais e a ilusão vividas por mim. Venho compartilhar, pois percebo nos convívios aqui que muitos devem sentir o mesmo que eu", começou ele.

Para o ator, o momento de polarização e desmonte o tem deixado ansioso.

"Desde que a desonestidade da medíocre classe média baixa em busca de ascensão econômica, organizada em igrejas e quartéis, clubes e shows “sertanejos”, agremiações politiqueiras etc, deu o ar de sua graça, personificando-se no messias militar, eu acordo todos os dias ansioso pelas notícias e pela oportunidade de dizer alguma coisa em oposição à incivilidade desse nazifascismo tropical. As pessoas com quem aqui convivo têm sido meus aliados, amigos de trincheira, ombros para o consolo desta solidão. Nunca antes a política havia sido assunto diário para mim", afirmou ele.

Aos 58 anos, o ator disse que encontrou nas redes sociais uma forma de desabafar. Para ele, dividir as angústias e as incertezas tem ajudado de forma decisiva.

"Vivo, desde então, permanentemente ansioso. Escrever aqui é, antes de uma generosidade, um egoísmo saudável. Faz-me bem exibir a minha revolta", declarou ele.

Leia o desabafo na íntegra:

Bom dia. Foto minha para ilustrar o tema: a ansiedade, as redes antissociais e a ilusão vividas por mim. Venho compartilhar ,pois percebo nos convívios aqui que muitos devem sentir o mesmo que eu. Desde que a desonestidade da medíocre classe média baixa em busca de ascensão econômica, organizada em igrejas e quartéis, clubes e shows “sertanejos”, agremiações politiqueiras etc, deu o ar de sua graça, personificando-se no messias militar, eu acordo todos os dias ansioso pelas notícias e pela oportunidade de dizer alguma coisa em oposição à incivilidade desse nazifascismo tropical. As pessoas com quem aqui convivo têm sido meus aliados, amigos de trincheira, ombros para o consolo desta solidão. Nunca antes a política havia sido assunto diário para mim. Passou a ser quando compreendi, num lento ir compreendendo, que a política, espaço para o entendimento sobre o que nos é comum, desapareceria sob o autoritarismo do bolsonarianismo; como está acontecendo. Vivo, desde então, permanentemente ansioso. Escrever aqui é, antes de uma generosidade, um egoísmo saudável. Faz-me bem exibir a minha revolta. Dou-me a conhecer a mim mesmo mostrando-me aos outros. Essa função narcísica das redes antissociais é, a meu ver, a razão de seu sucesso comercial. Mal não há, mas haverá se a fala aqui não superar a histeria. Saudável, creio, é que das palavras passemos a ação devotada ao bem comum. Mas, também penso: falar é agir. Colegas aqui, falantes e ouvintes como eu, qual será a ação que nos projetará de nós para os outros? Cada um saberá a sua. A minha, creio, é fazer teatro. Mas tentar chegar numa equação econômica que me ponha a serviço da maior parcela possível da população brasileira. Nesse dia de ação, acho que já não estarei mais tão ansioso por falar todos os dias sobre política. Mas só haverá teatro se a política nos garantir a liberdade. Até a liberdade, pela democracia, estar assegurada, prevejo que a ansiedade em exibir minha angústia vai me manter nas redes antissociais. E a muitos de nós. O fascismo nos empurrou para uma original clandestinidade: As redes, onde mais nos expomos, são onde também nos escondemos. Já estamos todos presos; presos a céu aberto no mundo deles.

Veja:

 

Pedro Cardoso

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