Estrela de Elvis, Daniel Haidar ressalta apoio da família na carreira: 'Respeito'

Em cartaz como Elvis Presley em São Paulo até o dia 1º de dezembro, Daniel Haidar ganha os palcos enquanto interpreta o rei em momentos dramáticos, dançando e cantando em várias fases da vida do astro. Em entrevista à Contigo!, o artista compartilha como começou sua relação com o teatro e ressalta a importância do apoio da família em sua carreira: "Respeito", declara.

Diferente de muitos atores, Daniel conta que desde o princípio sua jornada estava conectada com a interpretação e a música. Natural de São Luís do Maranhão, o artista começou na carreira ainda jovem, encenando peças e cantando em um coral. 

"Confesso que, para mim, sempre foi muito junto a ideia do teatro com o teatro musical. Era tudo teatro e também tudo estava ali para poder se debruçar um pouco mais sobre aquela loucura que é a humanidade. Tudo isso sempre teve muito atrelado para mim", explica.

Estar nos palcos cantando e interpretando foi, desde o início, um prazer para o pequeno Daniel, que aproveitava o espaço também para fazer amigos: "Sempre muito prazeroso para mim, um lugar onde eu me sentia muito à vontade, até para fazer grandes amigos", conta.

Daniel não poupa elogios à sua família e dedica a eles muito do que conquistou. "Os anos foram passando e eu fui fazendo mais e mais espetáculos, sempre com muito apoio da minha família e dos meus pais", enfatiza.

O ator conta que, graças ao entendimento e respeito dos pais sobre um desejo que nem ele entendia totalmente quando mais novo, foi, desde cedo, inserido em um ambiente propício para o desenvolvimento de suas habilidades artísticas e humanas:

"Tive oportunidade de estudar em uma escola que tinha aulas extracurriculares de teatro, de música, de coral, de coisas que são muito importantes para o ser humano enquanto uma pessoa que vai se desenvolver e integrar uma sociedade, mesmo que uma pessoa vá ou não vá ser artista", diz.

Segundo Daniel, sua mãe viu o amadurecimento de sua relação com o teatro e perguntou se seguir esse caminho era o seu desejo: "Eu respondi que era", compartilha com um sorriso leve.

A partir daí, a carreira do intérprete daria um verdadeiro salto, marcado pela sua mudança para o Rio de Janeiro, um dos grandes polos artísticos do país, em 2015: "Estou falando agora, nove anos depois, com espetáculos e vários trabalhos no currículo, mas tudo começou justamente como uma brincadeira de criança que foi tomando a proporção e a seriedade que merece", afirma.

Seriedade dada, em parte pelo pequeno Daniel, mas, também, pelos pais do artista. "A vida é uma só e meus pais tiveram essa noção e respeito por um garoto de 13 anos que falou que queria ser ator de verdade", relembra com carinho.

O artista conta que o apoio dura até hoje, e que os pais não perdem nenhuma oportunidade de prestigiar seu trabalho: "Me apoiam muito em todas as crises, em todos os momentos duros, em todos os momentos bons! Eles puderam vir assistir ao espetáculo do Elvis. Então, é realmente uma vivência muito privilegiada".

Ao comparar sua jornada com a de amigos que precisaram lutar "contra tudo e todos" para estarem nos palcos, Daniel reconhece a dificuldade da escolha, mas reforça que não é só a carreira de artista que pode não dar certo. "A vida tem muitos percalços e a gente pode também não dar certo, seguindo uma coisa que a gente não gosta", conclui.

Por enquanto, o multiartista segue nos palcos como Elvis, mas revela o desejo de assinar e dirigir suas próprias obras. "Estou em uma fase de estar escrevendo, compondo musicais, minhas músicas e eu vou ver como essas coisas vão sair. Tenho vontade de dirigir já no que vem. Tudo é incerto, não sei o que vai soprar para mim, mas estou soprando coisas", finaliza.