Ex-jogador do Bahia morre aos 56 anos após luta contra doença rara

Faleceu nesta segunda-feira (29), Maílson Souza Duarte, ex-lateral direito que marcou época no Esporte Clube Bahia. Aos 56 anos, ele enfrentava Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) desde 2010, enfermidade degenerativa que compromete severamente a mobilidade e a fala.

Conhecido por seu talento em campo, Maílson se destacou no Bahia durante os anos de 1988 a 1995. Sua contribuição foi crucial para a conquista do título brasileiro em 1988, tornando-se o mais jovem jogador a alcançar tal feito pelo clube. Sua habilidade em efetuar cruzamentos precisos lhe rendeu o status de ídolo entre os torcedores.

Apesar dos desafios impostos pela ELA, Maílson manteve-se ligado ao time do coração. Demonstrando força e resiliência, ele fez questão de acompanhar os jogos do Bahia diretamente da Arena Fonte Nova, apoiado por uma estrutura especial que permitia sua presença mesmo com as limitações físicas. Durante seu período de adversidade, o Esporte Clube Bahia estendeu uma mão amiga por meio do programa "Dignidade ao Ídolo", uma iniciativa do então presidente Guilherme Bellintani.

Este projeto tinha como objetivo prover assistência financeira aos ex-jogadores que enfrentavam dificuldades, garantindo a Maílson um suporte mensal de um a três salários mínimos. Maílson Souza Duarte deixa a esposa, Lícia, e uma filha. Os detalhes acerca do sepultamento ainda não foram divulgados.

SAIBA MAIS SOBRE O QUE É A ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA (ELA)

A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), apesar de ser uma condição rara, afetando cerca de um indivíduo em cada 50.000 anualmente, representa um desafio significativo tanto para os pacientes quanto para o sistema de saúde.

Caracterizada pela degeneração progressiva das células nervosas cerebrais encarregadas do controle dos movimentos voluntários, a ELA conduz a uma paralisia gradual, impactando severamente a capacidade do indivíduo de falar, mover-se, engolir e até respirar de forma independente.

Vale lembrar que, embora tratamentos existentes possam desacelerar a progressão da doença e melhorar consideravelmente a qualidade de vida dos pacientes, até o momento a cura ainda não foi descoberta.