Priscilla Couto e Catia Paganote ainda fazem shows pelo País - Reprodução/Internet
PRA SEMPRE PAQUITAS

Ex-Paquitas abrem o coração ao relembrar documentário: ‘Caixinhas que a gente não acessava’

Em entrevista à Contigo!, as ex-Paquitas Priscilla Couto e Catia Paganote falam do quanto o documentário mexeu com suas emoções e entregam aprendizados

Felipe França e Thaíse Ramos Publicado em 29/11/2024, às 18h01 - Atualizado às 18h12

Com o sucesso do documentário Pra Sempre Paquitas, do Globoplay, Priscilla Couto e Catia Paganote visitaram a redação da Contigo! e, em entrevista exclusiva, relembraram acontecimentos difíceis que viveram durante a época do Xou da Xuxa, abordados nos cinco episódios da produção. Em um trecho do bate-papo, elas abriram o coração e contaram como foi revisitar esses anos tão marcantes de suas vidas, e ainda destacaram o que levaram de mais importante como aprendizado. 

Pra Sempre Paquitas mostra a trajetória das eternas companheiras de Xuxa Meneghel. Ao longo dos episódios, a produção coloca em protagonismo as integrantes de diferentes gerações, que fizeram parte do imaginário de tantas crianças e adolescentes no Brasil, entre os anos 1980 e 2000.

Além de uma boa dose de nostalgia, a série também traz revelações que surpreenderam o público. Por meio de depoimentos emocionados, entre eles o da eterna Rainha dos Baixinhos, a produção resgata as histórias de amizade e união, as primeiras experiências, os medos, os climas de descontração nos bastidores, os sonhos, os diferentes pontos de vista e, também, as decepções.

“São caixinhas que a gente não acessava, coisas que a gente deixou ali, durante muito tempo, sem revisitar, sem remexer, coisas muito fortes. E eu digo que foi um misto de sentimentos. Muitas alegrias, muitas tristezas, muitos choros e sorrisos. Mas eu acho que o saldo é positivo, porque vem o aprendizado. Com isso tudo, vem um novo aprendizado, e isso só agrega para a nossa vida”, destaca Priscilla.

Catia continua: “As caixinhas estão ali sempre, né? A gente só as deixa um pouco sem abrir, mas elas estão ali. Não adianta, porque vai ter sempre alguma coisa que vai tocar aquilo ali. Só que aí, vai doer um pouco mais ou um pouco menos, porque a gente vai mexer ou não; mas acho que elas sempre vão existir. E não só isso, muitas outras coisas. Porque a gente não tem uma vida só de Paquitas, só de Xou da Xuxa. Depois dali, a gente foi vivendo outras coisas, sofrendo de outro jeito, amadurecendo, e a vida foi passando. Mas mesmo assim, a gente conseguiu botar tudo organizadinho, para poder seguir uma vida bacana. E falar que eu, daqui a dois anos, vou fazer 50 anos, e estou vivendo a mesma coisa que eu vivia com 10: subindo no palco, colocando aquela roupinha e dançando a mesma música”.

Priscilla volta a falar: “E posso acrescentar: com a mesma alegria, com a mesma dedicação, com a mesma entrega. Acho que o título do documentário é perfeito, Pra Sempre Paquitas; porque isso está intrínseco, faz parte da nossa vida, está no nosso DNA. É uma entrega, e eu acho que isso é para o resto da vida, né Catita?”. Catia acrescenta: “Ah, vai ter lá na minha lápide: Catia Paquita Paganote (...). Acho que não vai ter nem a idade. (...). Foi eleita Paquita de tal idade, saiu de outra idade e foi tão bom (risos)”.

APRENDIZADOS 

Questionadas sobre o que levaram dessa época para a vida, Priscilla inicia: “Comecei muito jovem, com 9 anos de idade, e saí com 17. Passei uma transição ali – de criança para menina, adolescente, e saí praticamente uma mulher. Muitos aprendizados. Acho que hoje eu sou uma mulher muito determinada, uma pessoa que tem muita disciplina, muito focada naquilo que eu quero, sabe? Ninguém me tira do foco. Então, acho que eu trago muito isso dessa fase de Paquita. E a gente, lógico, continuou – como a Catia falou – fazendo outras coisas além de ser Paquita para sempre. A gente seguiu as nossas vidas. Mas acho que a base veio forte. A gente tem uma base de trabalho. A gente começou muito nova, então a gente aprendeu muita coisa. Mas acredito que a disciplina e o foco são o forte”.

Catia continua: “Acho que é isso que a Priscilla falou. Eu já até trabalhava antes. Comecei com 5 anos trabalhando, fazendo trabalho de modelo e manequim, antes de entrar na Xuxa. Eu já fazia Os Trapalhões, Juba e Lula, diversas coisas em Brasília também. Tanto que eu desfilei com a Xuxa em 1986, lá em Brasília; nem imaginava em ser Paquita um dia. Ela (Xuxa) era do Clube da Criança, estava começando a fazer muito sucesso. Mas a base ali, do Xou da Xuxa, da nossa época de Paquita, foi o que transformou nós mulheres agora, porque fomos fortes, guerreiras, sustentamos e fizemos tudo com amor e com carinho. Porque assim, ninguém sabia o que a gente passava, mas o que a gente passava era o amor que a gente tinha por aquela roupa, por ser Paquita e por estar ao lado da Xuxa, entendeu?”.

Leia também: Ex-paquita Stephanie Lourenço recorda trabalho com Xuxa: 'Éramos muito cobradas'

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