Delfim Neto estava internado desde 5 de agosto no Hospital Albert Einstein, em São Paulo; ele deixa uma filha e um neto
Renata Garre Publicado em 12/08/2024, às 10h20
Ex-ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento, além de ex-deputado federal, Antônio Delfim Netto faleceu na madrugada desta segunda-feira (12), aos 96 anos. Ele estava internado desde 5 de agosto no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, devido a complicações em seu quadro de saúde. A causa específica da internação não foi divulgada pela assessoria.
Delfim Netto foi uma figura central na política e economia brasileira nas últimas décadas. Ocupou posições de destaque nos governos militares e continuou influente após a redemocratização. Ele deixa uma filha e um neto. Não haverá velório aberto ao público; o enterro será restrito aos familiares.
Nascido em 1928, Delfim Netto foi o mais jovem ministro da Fazenda do Brasil, assumindo o cargo aos 38 anos, em 1967. Durante os governos militares de Costa e Silva e Médici, foi um dos principais responsáveis pelo chamado "milagre econômico". Em 1968, foi um dos signatários do Ato Institucional número 5 (AI-5), o mais repressivo da ditadura.
Delfim Netto também promoveu o investimento estrangeiro no Brasil e incentivou as exportações. Uma de suas frases mais emblemáticas desse período é: "É preciso fazer o bolo crescer para depois dividi-lo".
Após deixar o Ministério da Fazenda, Delfim tornou-se embaixador do Brasil na França em 1975. No governo de João Figueiredo, ele assumiu primeiro o Ministério da Agricultura e depois o do Planejamento. Com a redemocratização, foi eleito deputado federal por cinco mandatos consecutivos e permaneceu como uma figura de destaque tanto no meio econômico quanto político.
Nos anos 1980, Delfim se viu envolvido em um escândalo financeiro durante o regime militar. Ele foi acusado de desviar recursos públicos por meio de empréstimos da Caixa Econômica Federal ao empresário Assis Paim. O caso gerou um rombo de aproximadamente 300 milhões de reais na época. Em 1994, Delfim foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal.
Vale lembrar que ele se formou na terceira turma de economia da Universidade de São Paulo (USP), em 1951, onde também foi professor assistente e catedrático. Em 2014, doou sua biblioteca pessoal com mais de 100 mil livros e 90 mil revistas à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP (FEA/USP).
O economista publicou mais de 10 livros sobre os problemas da economia brasileira e escreveu centenas de artigos para jornais como Folha de S.Paulo, Valor Econômico e a revista Carta Capital. Seus artigos também eram regularmente publicados em cerca de 70 periódicos nacionais.
A dupla sertaneja Henrique e Juliano está passando por um momento de luto. Isso porque o motorista dos artistas, Luiz Roberto Teodoro, de 64 anos, faleceu pouco antes do show dos cantores em Cândido Mota, no interior de São Paulo.
"Uma salva de palmas, que Deus o receba de braços abertos e que a dona Fátima, ao ver este vídeo se sinta abraçada por nós e que Deus tenha misericórdia e conforte seu coração e de seus filhos e que vocês passem essa fase, que não fique tristeza, fique só saudade”, começou.
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