Em entrevista recente, jornalista Milton Neves falou sobre enfrentamento de depressão, a perda da esposa para o câncer e a saída da Band; veja
Redação CONTIGO! Publicado em 24/03/2024, às 14h30
Em entrevista recente, o jornalista Milton Neves, de 72 anos, abriu o coração e falou sobre a depressão que vem enfrentando, a perda da esposa, Lenice Neves, para o câncer em 2020 e a saída do Grupo Bandeirentes.
Em depoimento ao site F5, da Folha, o comentarista esportivo contou que está muito deprimido: "Estou tocando a bola, mas numa fortíssima depressão. Minha vida está horrível. Estou vivendo numa casa que cabem umas 70 pessoas, eu, o caseiro e a mulher do caseiro. Passo os dias deitado, numa depressão danada, fico sonhando com minha mulher. Meu único amor da vida inteira. Só tive um namoro, um noivado e um casamento na vida. Agora ela foi para o céu. Ela me deixou no dia 30 de agosto de 2020 e desde então minha vida virou um horror".
O mineiro disse que está sob acompanhamento psiquiátrico, mas que, mesmo assim, não tem esperança de se sentir melhor: "Já mudei de psicólogo e psiquiatra umas três vezes cada, mas não tem conserto. Esses dias fui lá no Jassa cortar e pintar o cabelo, porque meu cabelo estava parecendo o Einstein. Encontrei o Silvio Santos. Ele está muito lúcido, com uma voz linda. Ele virou para mim e falou: 'moço, o senhor está triste, hein'. Eu falei [chorando]: 'estou mesmo'. Ele me indicou remédios, me deu conselhos para lidar com a depressão. Mas não tem jeito. Até morrer, eu vou estar chorando".
Sobre a saída da Band, Milton afirmou que pediu demissão justamente por conta da enorme tristeza que seguiu o falecimento da esposa: "Eu que pedi demissão. Falei para o Johnny Saad (dono da Band): 'não posso trabalhar, estou psicologicamente derrotado'. Já estava antes, desde quando ela adoeceu. Pedi demissão, isentando a Bandeirantes de qualquer pendência futura comigo. Eu amo a Bandeirantes. A Band não me deve nada, eu que devo a ela, porque ela realizou meu sonho de menino que era trabalhar lá. A minha carta de demissão é a carta mais bonita da história de uma relação de funcionário com uma empresa. Mil vezes obrigado, Bandeirantes, por ter me acolhido".
Ele, todavia, não descarta um retorno ao rádio. "Sim, logo, logo vou estar numa rádio, numa TV, aí eu melhoro de vez. Por que sem minha Lenice e sem microfone eu não sou nada. Tenho recebido umas sondagens, mas com todo o respeito, não vou sair da Bandeirantes, que é o Flamengo ou o Corinthians, para ir jogar no Pirassununguense", declarou.
Em nota nas redes sociais, o empresário deixou claro que não pretende mais se envolver no caso e que o valor da fiança de mais de R$ 5 milhões exigida para que Alves aguarde os recursos em liberdade não vai partir da família de Neymar Pai.
"Como é do conhecimento de todos, em um primeiro momento, ajudei Dani Alves, sem nenhum vínculo com qualquer processo. Neste segundo momento, em uma situação diferente da anterior, em que a justiça espanhola já decidiu pela condenação, estão especulando e tentando associar o meu nome e do meu filho a um assunto que hoje não nos compete mais", diz o comunicado.
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