Isabel Salomão morre aos 100 anos, ela era médium e uma referência na religião espírita no Brasil
Everton Henrique Publicado em 11/11/2024, às 14h25
Isabel Salomão, médium e fundadora da Casa do Caminho, faleceu aos 100 anos em Juiz de Fora nesta segunda-feira (11). Conhecida por suas intercessões espirituais e curas de doentes, ela ficou famosa nos anos 1990 e 2000. Sua morte foi confirmada pelas redes sociais da Casa do Caminho, com o velório e enterro acontecendo ainda hoje. A médium teve um impacto duradouro no Espiritismo, com seu trabalho sendo reconhecido até por Chico Xavier, que a considerava uma "autêntica missionária de Nosso Senhor Jesus Cristo".
Em sua trajetória, Isabel criou a Casa do Caminho em 1974, um local de peregrinação para muitos espíritas, e foi pioneira em diversas iniciativas. Em 1979, fundou o Plantão de Socorro Espiritual, um serviço de atendimento que atendia até 500 pessoas por dia. Ela também se dedicava a acolher doentes, realizando atendimentos semanais em sua casa. A Fundação Espírita Brasileira destacou seu trabalho como uma das mais longevas atuações mediúnicas do país, lembrando especialmente sua atuação nas áreas de educação e assistência social.
Sua conexão com o mundo espiritual começou na infância, quando passava a conviver com espíritos. "Com 9 anos de idade, eu já via e ouvia os espíritos", afirmou Isabel em uma de suas entrevistas. A médium relembrou que, em sua infância, os espíritos "não estavam ali para me prejudicar", mas se mostravam para prepará-la para a missão que teria pela frente. Apesar do estranhamento da família, ela seguiu seu caminho, aprendendo com as entidades espirituais e ajudando outros a encontrarem cura e consolo.
Isabel também compartilhou a história de como iniciou sua jornada no Espiritismo. Quando trabalhava em um laticínio em Juiz de Fora, seu chefe notou suas habilidades mediúnicas, dizendo que ela "via coisas que a gente não via" e "falava coisas verdadeiras". Foi ele quem a indicou a uma casa espírita, marcando o início de sua dedicação à doutrina. Isabel sempre afirmou que seu trabalho não se tratava de milagres, mas sim de um esforço contínuo para ajudar as pessoas com a força espiritual que recebia.
Durante sua carreira, Isabel teve acesso privilegiado a hospitais de Juiz de Fora, incluindo UTIs, onde se dedicava a ajudar médicos e pacientes. Nos anos 1990, sua atuação foi amplamente coberta pela mídia, com o programa "Fantástico" mostrando a médium atuando em mais de 15 hospitais da cidade. Na época, ela estimava já ter atendido mais de 100 mil pessoas, realizando sessões de atendimento espiritual a doentes e suas famílias.
A médium, sempre discreta sobre sua missão, dizia que "nada acontece por acaso" e que tudo o que acontecia com seus pacientes era fruto de trabalho e dedicação. Para ela, a ajuda espiritual era algo concreto, e sua relação com os espíritos era uma maneira de fornecer alívio e cura, seja física ou emocional. Isabel se tornou uma referência para muitos no Brasil, sendo procurada por aqueles que buscavam respostas e tratamentos fora do convencional.
Além de sua atuação como médium, Isabel também foi reconhecida como uma importante educadora e assistente social. O centro espírita, sob sua liderança, foi responsável por diversas iniciativas voltadas ao apoio de famílias em vulnerabilidade social, como cursos e atendimentos especializados. Sua contribuição para a comunidade espírita e a sociedade em geral foi marcada pelo altruísmo e pela dedicação incondicional.
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