Silicone aos 16 anos: Nora de Huck pode enfrentar problemas gravíssimos; saiba

Eduarda Guerra, namorada do filho de Luciano Huck e Angélica, Benício, colocou silicone nos seios com apenas 16 anos. Ela, que também tem um tumor no joelho, inseriu próteses de 300mL cada e chegou até mesmo a comentar sobre o processo em suas redes sociais. Considerando a idade da adolescente e sua condição oncológica, a Contigo! conversou com três especialistas que analisaram a gravidade da situação: a cirurgiã plástica Luiza Hassan, a ginecologista Patrícia Magier e a oncologista Sabina Aleixo.

Visão da cirurgiã plástica

Em nota, Hassan explicou que Duda correu riscos com a cirurgia: “Embora a cirurgia de prótese de mama possa oferecer um aumento na auto-estima e na percepção da imagem corporal, é crucial considerar os riscos envolvidos, que incluem infecções, contratura capsular, assimetria e a possibilidade de necessidade de novas cirurgias. Em adolescentes, o corpo ainda está em crescimento, o que pode levar a uma maior propensão a estrias e cicatrizes. Além disso, os impactos psicológicos e as motivações para a cirurgia em uma idade jovem precisam ser avaliados com atenção”.

A médica ainda explicou que é comum cirurgiões plásticos desencorajarem jovens com menso de 18 anos a fazerem operações do tipo, a não ser que se trate de correção de mamas tuberosas ou grandes assimetrias. Quando é assim, os profissionais fazem a cirurgia 4 anos após a primeira menstruação pois é quando houve o desenvolvimento completo das mamas.

Ainda de acordo com Luiza Hassan, o silicone precoce ainda pode exigir novas mudanças no corpo: “A longo prazo, a prótese de mama pode exigir substituições, especialmente em jovens, devido ao desgaste dos implantes e às mudanças naturais no corpo ao longo da vida. Alterações de peso, flacidez pós-gestação e envelhecimento podem afetar a aparência dos seios. Portanto, recomenda-se optar por implantes menores e mais naturais, que provocam menos alterações nos tecidos e têm menor risco de estrias. Cada caso deve ser analisado individualmente, considerando as expectativas do paciente, sua estrutura corporal e as recomendações médicas. Uma abordagem conservadora é mais prudente em adolescentes”.

Visão ginecológica

Segundo a ginecologista Patrícia Magier, o silicone pode atrapalhar esse processo citado por Hassan. “O desenvolvimento das mamas pode não estar completo e a prótese pode interferir no crescimento natural e no formato final das mamas”, pontuou ela. Considerando que a jovem tem 16 anos, é possível que ela ainda esteja no começo de seu ciclo menstrual.

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A operação precoce também pode trazer problemas ao corpo de Duda: “Como qualquer cirurgia sempre tem riscos pré e pós-operatório, complicações anestésicas, infecção pós-operatória, hematomas e cicatrizes hipertróficas”.

E acrescentou: “Pode eventualmente ocorrer alterações de sensibilidade temporariamente por conta da cirurgia ou permanente se o desenvolvimento mamário não estiver sendo completado. Com relação à parte hormonal, a prótese não interfere diretamente”.

Visão oncológica

Sabendo do tumor benigno de Duda, a médica oncologista Sabina Aleixo explicou que - antes de tudo - é necessário que os pais autorizem uma cirurgia estética. "A legislação brasileira permite cirurgias estéticas, como a colocação de próteses de silicone a partir dos 18 anos sem necessidade de autorização. No entanto, em menores de idade, é necessário o consentimento dos pais ou responsáveis, e a avaliação criteriosa por um médico, que deve pesar os benefícios e riscos", explicou.

Aleixo ainda disse que, por se tratar de um tumor benigno, não há grandes riscos na hora de colocar uma prótese nos seios. Porém, o acompanhamento médico e a avaliação minuciosa é prescindível: "Pacientes com tumores benignos, como no caso de Duda, podem, em tese, realizar cirurgias plásticas. Contudo, é essencial avaliar a condição geral da paciente e o tratamento do tumor em questão. Tumores, mesmo benignos, podem demandar atenção médica especializada, e procedimentos cirúrgicos eletivos, por isso é importante ser avaliado por um médico que conheça o histórico clínico da paciente".