Em entrevista à Contigo!, grupo Benzadeus comenta sobre o projeto mais recente e revela desafios para se consolidar como um grande nome do pagode
Bárbara Aguiar, sob a supervisão de Arthur Pazin Publicado em 27/11/2024, às 11h30
O grupo Benzadeus, formado pelo quinteto Magrão, Vinícius de Oliveira, Neném, Pedro das Sortes e Diego Pedigree, se consolida no pagode com o último trabalho, o álbum Benzadeus - Ao Vivo no Brazólia, que conta com sete faixas totalmente autorais. Em entrevista à Contigo!, os músicos comentam sobre equilíbrio entre a energia romântica trazida pelo ex Exaltasamba e músicas vibrantes que marcam o projeto recente: “Nova identidade musical”, revelam.
O Benzadeus, como contam os membros do grupo, nasceu de uma mistura entre Brasília e Rio de Janeiro, com um estilo marcado pelo pagode alegre e dançante, mas migrou para o romance com a chegada de Magrão, que trouxe influências de suas experiências passadas, como sua participação no reconhecido Exaltasamba.
“Antes do Magrão chegar, o Benzadeus tinha essa característica de um show mais quente, de um pagode mais quente. Como o Magrão é um cantor romântico, a gente acabou colocando mais músicas românticas dentro do repertório”, explica Vini, vocalista ao lado de Magrão.
No novo álbum, o grupo buscou revisitar suas origens — decisão representada até pelo local da gravação do DVD, Brazólia, onde eles fizeram seu primeiro show — e mesclar o clássico com o novo, o amor com a alegria.
“Entendemos que a gente precisava gravar uma roda de samba, como o Benzadeus surgiu, e trazer essa raiz do astral. A gente quis testar de novo, tentando equilibrar essa questão do pagode mais astral, do pagode romântico, tentando com que, a partir de agora, essa seja a nova identidade musical do grupo”, completa Vini.
Um dos desafios do novo projeto, segundo Neném do pandeiro, foi a composição do repertório, completamente desenvolvido com músicas autorais. Para Vini, a tendência do mercado de pagode, hoje, são as regravações, mas a escolha do Benzadeus destaca o grupo no cenário.
“A gente compreende que a música autoral, a música criada pelo artista, que traz uma perspectiva da inovação, ela cria uma identificação muito maior com o público que acompanha o artista”, comenta.
A escolha das músicas, segundo o vocalista, foi pautada pela identificação com o público: “Esse repertório foi escolhido pensando nisso, desde o primeiro DVD a gente já tenta trazer essa identificação com o nosso público, trazendo mais músicas autorais”.
Magrão, que vem de uma carreira sólida no pagode, enxerga a escolha como uma ousadia positiva, já que “para um grupo que está começando na indústria da música popular brasileira, lançar músicas autorais tem suas dificuldades”. Entre os dilemas, ele destaca alcançar pessoas e ter uma grande movimentação nas plataformas digitais, mas reforça a importância das composições originais para a construção da identidade do grupo.
Pedro das sortes, da voz e surdo, entende as influências pessoais de cada membro do grupo como guias nesse processo: “A construção vem muito da identidade dos artistas, cada um ali vindo do seu lugar, trazendo a sua experiência, e a gente pretende melhorar e fazer essa construção através dos compositores da banda, compositores de fora que entendem o nosso som, que entendem como a gente quer comunicar com o público”, conclui.
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