Em entrevista à Contigo!, Marco Rodrigo fala de novo show em homenagem a ícones do rock e revela conexão do gênero com diversos públicos
Bárbara Aguiar, sob a supervisão de Arthur Pazin Publicado em 23/11/2024, às 11h30
Multifacetado no mundo das artes, Marco Rodrigo tem uma carreira repleta de trabalhos de sucesso como diretor de televisão, mas também encara o papel de ator e músico com muito gosto. O carioca não esconde o amor pela música e se entrega ao rock 'n' roll nos palcos com a turnê Tributo 85, que homenageia o rock dos anos 1980. Em entrevista à Contigo!, ele fala sobre mergulhar na música e resgatar o estilo musical: "Canções atemporais", declara.
Neste sábado, 23, o músico apresenta, ao lado de sua banda e com uma participação especial do ator Wendell Bendelack, que está em Volta por Cima, mais um show especial da turnê Tributo 85. "O Tributo 85 tem algumas peculiaridades que são bem legais, bem interessantes. Primeiro, ele não é um show convencional, é um espetáculo", revela.
As apresentações, como conta Marco, acontecem no teatro, um resgate à cultura dos antigos shows: "É feito em um teatro de propósito, porque um formato muito usado na época era fazer show em teatro. Eu mesmo vi Blitz, Paralamas e Barão Vermelho, no teatro".
O toque especial também está na mescla das canções com histórias contadas ao longo do espetáculo. Com seu talento como diretor somado à produção e direção musical de Tchello, ex-baixista e fundador do Detonautas, o Tributo 85 imerge o público em toda a atmosfera dos anos 1980. "Faço interações com a plateia. Algo que tinha muito nos anos 80, e as canções que apresento no show são atemporais. Canções que marcaram os anos 80 e as décadas para frente", declara.
Para Marco, que recebe o carinho do público nas apresentações, o espetáculo é espaço para todas as idades. "As gerações que viveram o lançamento dessas canções tem uma identificação muito direta. E as pessoas que não viveram, estão conhecendo as músicas pela primeira vez, têm o mesmo impacto que a gente teve quando escutou essas canções quando elas foram lançadas", diz.
Ele mesmo faz parte dos fãs que se conectam intimamente com as músicas tocadas. Em seu trabalho, o músico agrega referências de diversos nomes icônicos do rock nacional, como o grupo Barão Vermelho e o cantor Ney Matogrosso.
"É muito difícil para mim elencar quais artistas me influenciaram ou quais canções me influenciaram, porque uma característica dos anos 1980, dessa década e desse movimento do rock nacional, era a coletividade", reflete o artista, ao destacar os nomes acima.
"Achava o Barão Vermelho um retrato muito fiel do que éramos nós cariocas na época. Uma banda carioca, com o Cazuza na frente, um cara queimado de sol, meio largadão. Era muito bacana. No quesito de espetáculo, quem me influenciou muito foi o Ney Matogrosso", revela ele, que aponta a preocupação de Ney com diversos detalhes como essenciais para a formação de sua visão de palco.
Para encarar uma trajetória artística tão diversa, Marco tem uma atenção especial à organização da sua agenda. "Me organizar muito, estar muito planejado para poder ter tempo para fazer tudo, porque eu não tenho exatamente muito tempo livre".
No Tributo 85, onde ele encara a função de músico, seu lado diretor também exerce alguma influência: "No show, além de eu estar cantando, eu fico quase que com esse olhar periférico o tempo inteiro, em cena. Sei o que eu tô cantando, mas sei o que está acontecendo em volta de mim também. Isso é um olhar que desenvolvi como diretor". Mesmo com a experiência, ele reconhece as limitações de dirigir o próprio espetáculo, por isso optou por convidar Tchello para essa produção.
O fim da turnê Tribute 85, na verdade, não será seguido por um momento de descanso. Marco já possui diversos novos projetos em andamento: Memórias de um Jovem Diretor, onde contará histórias dos bastidores da televisão, além da direção de um novo programa televisivo e dois projetos teatrais, sobre os quais ainda não pode revelar mais detalhes.
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