André Luiz Odin é destaque em musicais como Funny Girl e Chicago; em bate-papo com a Contigo! Novelas, ele contou suas primeiras vezes no palco
Daniel Palomares Publicado em 30/11/2023, às 15h32
André Luiz Odin, destaque em musicais como Funny Girl e Chicago, relembra em bate-papo com a Contigo! Novelas, os principais momentos de sua trajetória no teatro.
Entendi que tinha talento artístico…
"Foi quando entrei na primeira companhia de dança que fiz parte, a Faces Ocultas Cia. de Dança
(Salto/SP), com 13 anos. O diretor Arilton Assunção viu em mim algo que eu não sabia que tinha,
desde então, passei a acreditar nesse talento."
Descobri que queria dançar…
"Eu tinha 3 anos de idade e acompanhava minha irmã nas aulas de sapateado que ela fazia. Eu repetia
todos os movimentos que a professora ensinava. Minha família sempre me apoiou muito!"
Me emocionei vendo uma apresentação de dança/balé…
"Foi em Poemas Brasileiros, um espetáculo de dança contemporânea com a Faces Ocultas Cia. de Dança em 2005. Tinha 11 anos e lembro de chorar muito assistindo a apenas cinco bailarinos dançando com uma cadeira músicas brasileiras. Aquilo me tocou e me transformou."
Me senti um bailarino de verdade…
"Foi aos 18 anos, enquanto estava dançando Poemas Brasileiros. A entrega foi tão grande que
entrei em um transe de emoções muito forte. Foi uma sensação inexplicável e muito incrível.
Quando eu vejo o vídeo desse dia (sim, temos uma gravação), me emociono até hoje. Acredito na arte que move e transforma, e esse momento me transformou."
Ganhei meu primeiro sapato de sapateado ou sapatilha…
"Aos 9 anos, quando fiz minha primeira aula de sapateado. Lembro do cheiro do sapato, de ficar
batendo a chapinha no chão em casa o dia todo (minha familia ficava muuuuito feliz, risos) não
tirava do pé nunca."
Subi em um palco profissionalmente…
"Foi a confirmação de que não tinha mais jeito: essa carreira é a que eu quero seguir pra sempre. Não
consigo e nem sei me ver fora do palco."
Tive um trabalho reconhecido/remunerado…
"Na minha cidade, foi quando recebi uma homenagem da Prefeitura da Cidade de Salto na celebracao dos seus 321 anos, pelo trabalho de destaque e representatividade da cultura, em 2019. Na época, estava em cartaz com Billy Elliot."
Ouvi meu primeiro sim em uma audição…
"Foi quando vim para São Paulo e prestei para o Ballet Stagium. A Marika Gidali [diretora da Companhia] disse que meu solo a emocionou muito e que foi esse solo que dancei que fez com que entrasse na Companhia. Ficou marcado esse comentário para mim."
Ouvi meu primeiro não em uma audição…
"Foi no teste do primeiro O Rei Leão que veio ao Brasil, em 2012. Mas eu agradeço esse não, pois
hoje sei que não estava preparado o suficiente. Estudei muito depois disso, me dediquei e continuei
fazendo testes até que entrei no primeiro musical em 2015."
Conquistei meu primeiro personagem importante em um musical…
"Foi em Billy Elliot, com o personagem Mr. Braithwaite. Ele tinha que sapatear pulando corda no
espetáculo, uma experiência louca, desesperadora, mas deu tudo certo! Hoje posso dizer que tenho
essa habilidade."
Contracenei com um ídolo…
"Eu me tremia todo, e ainda me tremo! Em Zorro, Nasce uma Lenda, eu era o Sargento Garcia e me
apaixonava pela personagem que a Letícia Spiller interpretava. Ela pegou na minha mão e conseguiu
me acalmar no primeiro dia de ensaio."
Um ídolo prestigiou meu trabalho…
"Foi com Bibi, uma Vida em Musical. A própria Bibi Ferreira foi assistir ao musical que falava da
vida dela e eu estava no elenco. A gente sabia que ela estava na plateia e no momento do medley com
músicas da Piaf, Bibi Ferreira cantou da plateia junto e tão forte que conseguimos ouvir do palco. Quanta emoção. Jamais esquecerei disso."
Passei um perrengue em cena…
"Foi quando substituí um bailarino que tinha se machucado. Foi de última hora, tive que aprender
tudo minutos antes de entrar em cena. Me ajudaram e deu tudo certo. Claro que bate um desespero, insegurança, ansiedade, mas a arte tem um poder de fazer tudo isso sumir assim que pisamos no palco."
Esqueci uma coreografia em cena…
"Improvisei. Sempre disseram para mim: se esquecer, improvisa e tenta voltar para a coreografia,
senão improvisa e sai do palco."
Me vi na televisão...
"Em uma campanha publicitária, eu fazia um entregador de comida, saía de dentro de uma pilha
de tomates, dublando uma música dos anos 1990, que tinha clima de um clipe musical dessa época.
Divertido demais."
Minha arte me proporcionou alguma conquista pessoal ou profissional…
"Foi quando viajei para Macau, China, representar o Brasil em um Congresso de Dança, junto com a
Faces Ocultas. Aliás, a arte me proporcionou viajar bastante e consegui conhecer todos os estados
brasileiros, além de outros países e culturas."
Me senti realmente feliz como artista…
"Foi hoje, ontem, anteontem, todos os dias. Sou feliz porque sou artista. Sou artista porque sou
feliz. Uma coisa completa a outra. Nao tem um dia que não sinto essa felicidade. Sem a arte, aí
sim, sou triste."
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