Palomma Duarte é mãe de Ana Clara Winter; Maria Luiza Lui e Antônio - MARCOS SERRA LIMA
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Palomma Duarte abre o coração ao falar de maternidade: ‘Fiz um bom trabalho’

Em entrevista à Contigo! Novelas, Palomma Duarte confessa sobre sua relação com a maternidade e celebra desempenho de ‘Pedaço de Mim’

Fernanda Chaves Publicado em 15/08/2024, às 14h00

No ar em Pedaço de Mim como Silvia, Palomma Duarte conta como foi interpretar essa médica que não sabe lidar com o problema de visão do filho. A atriz ainda defende que os temas abordados na série da Netflix são necessários e diz que o romance de sua personagem é um respiro na trama.

O que te fez aceitar fazer a série?

Foi o Mauricio Farias [diretor], que é um parceiro de longa data, trabalhamos juntos em Pecado Capital,
e é um cara que admiro muito. Não que o texto não me fizesse aceitar, faria, mas o Mauricio tem uma qualidade comigo que ele pode me ligar para qualquer projeto que vou dizer sim sem ler, porque é ele.

O que mais te instigou na Silvia?

Foi entender como é que uma mulher tão lúcida, tão contemporânea como eu via Silvia, uma mulher da ciência, tão pragmática em entender o limite das coisas, o certo e o errado, podia ser tão equivocada quando o assunto era a doença do próprio filho. Como é que eu achava o equilíbrio dessa mulher? Eu falo isso com muito carinho, mas onde é que está esse ponto de burrice? Como é que uma mulher que acha que está fazendo tudo para ajudar, está atrapalhando? Como construir? Isso foi um desafio bem interessante.

Ela não sabe lidar com a perda da visão de Inácio (Vitor Valle/Bento Veiga), fica insegura por ele...

A gente está falando de um filho que tem uma doença séria e que vive muito bem com ela, é um cara que tem vocação para ser feliz; e de uma mãe que está muito atrapalhada perto desse filho, num ritmo bem atrás do dele, ela está aprendendo com ele.

Você é superprotetora com seus filhos?

Não sou [risos]. As meninas, que são mais velhas, eu criei muito para o mundo, para a vida e tinha um peso de eu estar separada na época. Eu era muito jovem, tinha 20 e poucos anos, então filha minha tinha um peso nessa frase, né? Filha minha tem que ser independente, filha minha tem que ser culta... E não é que não tem, tem, mas tinha um excesso ali dos 20 anos, uma pressa, que hoje, com Antônio, tendo um parceiro que divide muito a educação do filho é diferente. Às vezes, viro para as meninas e digo: ‘Poxa, eu queria ter vocês agora para vocês aproveitarem a mãe que ele está aproveitando’. Porque é outro tempo, é outra calma e outra sabedoria. Mas acho que eu fiz um bom trabalho porque elas são especiais [risos].

Sua personagem vive a história mais leve da série, que é o romance com Vicente (João Vitti)

Acho que dentro da dramaturgia da série a gente tem uma função muito importante, muito gostosa, de trazer um respiro, de trazer um calor, uma coisa mais afetuosa. Porque a série levanta questões muito difíceis, para a mulher, principalmente; para o homem também tem muitas reflexões, mas para a mulher tem muito gatilho, é um lugar muito desconfortável. Juliana [Paes] e eu conversamos muito sobre a dificuldade de estar contando essa história.

A história fala de violência sexual, violência doméstica, machismo, aborto. São temas realmente delicados, mas muito importantes de serem abordados numa série.

Isso está acontecendo há séculos, mas isso está em discussão agora, e que bom que está em discussão
agora. A gente tem que manter essa discussão acesa por muito, muito tempo pela frente ainda. Entender que ninguém, além do próprio indivíduo que vive um abuso, tem o direito de dar pitaco nesse processo e no que esse processo gera. E que cada indivíduo vai saber como resolver, cada indivíduo tem seu tempo para digerir essa violência, para curar. Essa cura é diferente para cada um, então você não pode generalizar. A importância de a gente estar discutindo isso e estar discutindo o auxílio, estar discutindo o aborto legalizado e estar entendendo que a maioria das mulheres hoje no Brasil que passam por isso são crianças e que isso acontece dentro de casa são discussões que a gente tem que manter vivas. Eu digo sempre que a função da arte é essa, é iluminar pontos obscuros da nossa sociedade para que a gente possa trazer luz e debater. Acho que essa série faz isso em vários temas.

Maternidade Pedaço de Mim Palomma Duarte

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