Ex-Panicat presa por agredir policial é solta após pagar fiança vergonhosa; veja o valor

Ana Paula Leme conseguiu deixar a Cadeia Feminina de Paulínia, no interior de São Paulo, poucas horas após ser presa por agredir um policial com chutes em suas partes íntimas. Mesmo após cometer os crimes de embriaguez, desacato, injúria, resistência, ameaça e violência física, a ex-Panicat foi liberada do local após realizar o pagamento de um salário mínimo.

Atualmente, o salário mínimo é de R$ 1.412. Ou seja, Ana Paula Leme pagou este valor mesmo após protagonizar uma série de crimes e já está livre para retornar a sua vida normalmente. No último domínio (21), a audiência de custódia definiu que ela terá liberdade provisória, mas permanecerá proibida de sair de Campinas por oito dias sem prévia autorização judicial e não poderá frequentar bares.

No último sábado (20), a ex-assistente de palco foi abordada pela Polícia Militar após uma loja de conveniência em um posto de gasolina de Campinas relatar que ela havia deixado o estabelecimento sem pagar a conta. Visivelmente embrigada, a ex-Panicat de palco proferiu inúmeros insultos aos policiais e agrediu um deles. 

De acordo com o Boletim de Ocorrência, obtido por esta modesta coluna, funcionárias da loja de conveniência revelaram que Ana Paula Leme chegou ao local em um Jeep Renegade. Com sinais nítidos de embriagues, ela não conseguiu nem mesmo abrir uma cerveja long neck que comprou no local, precisando da ajuda das atendentes. Ao todo, ela consumiu três garrafas e pediu um salgado para comer. 

Após morder o alimento, a ex-Panicat o atirou na mesa e disse que estava ruim. As funcionárias ainda tentaram amenizar a situação dizendo que fariam a troca e a entregaram outro, mas ela novamente comeu e jogou em cima do balcão. Revoltada, Ana Paula Leme passou por baixo da catraca da saída da conveniência ao dizer que não pagaria por nenhum item consumido. Mesmo sendo alertada pelas assistentes, ela não realizou o pagamento e ainda xingou a trabalhadora de "vaca gorda""nojenta", e que ela "não passava de uma CLT, que deveria voltar a lavar louça no trabalho escravo que ela tinha", informou o B.O.

A funcionária acionou o 190 e uma viatura da Polícia Militar foi ao local. Eles tentaram ouvir a versão de Ana Paula Leme, mas sequer conseguiam entender suas falas desconexas. Ela negou as acusações e as assistentes reforçaram que as câmeras poderiam comprovar o ocorrido aos policiais. Ao pedirem seu R.G, a ex-Panicat inicialmente negou. Um dos oficiais a alertou que poderia ser indicada por crime de desacato e ela apresentou o documento, mas continuou impaciente e andando de um lado para o outro. Ela chegou próximo ao ouvido de um dos policiais e disse para ele "comer aquela gorda", referindo-se à funcionária da loja, além de outros inúmeros palavrões.

A situação ficou ainda pior e os policiais deram voz de prisão, provocando ainda mais a ira de Ana Paula Leme. Ela deu dois chutes contra as partes íntimas de um dos oficiais, além de arranhá-lo nos braços. Eles ainda precisaram fazer um grande esforço para colocá-la na viatura. Durante o trajeto até o 13º DP, no bairro de Cambuí, ela ainda teria dado diversos chutes na parte traseira do veículo. 

E isso não foi tudo. A ex-Panicat fez uma série de ameaças à funcionária da loja de conveniência enquanto já estava algemada na delegacia. Além disso, ainda disse que iria acabar com a vida da assistente e fez outras afirmações de cunho injurioso contra os policiais. Por isso, ela foi indiciada por desacato, injúria, embriaguez ao volante, ameaça e resistência, e encaminhada à Cadeia Feminina de Paulínia.