Record passa facão no Jornalismo pelo 6º dia; Domingo Espetacular sofre mais demissões

A Record iniciou na última quarta-feira (27) um processo de demissão em seu departamento de Jornalismo, e a lista de profissionais dispensados não para de crescer. A emissora adotou um esquema de desligamento a "conta-gotas" e nesta terça-feira (3) novos nomes passaram pelo departamento de Recursos Humanos. Entre eles estão João Scortecci, diretor do Domingo Espetacular, que deixa a rede de Edir Macedo após quase 11 anos, e Caio Piccolo, chefe de Redação.

João ocupava o cargo de Diretor de Criação e era responsável por desenvolver quadros, séries documentais e outras reportagens especiais para serem exibidas nos maiores telejornais da emissora, mas vinha se dedicando nos últimos anos aos trabalhos na revista eletrônica dominical.

Esta foi a segunda passagem de João Scortecci pela Record. A primeira foi entre 2009 e 2012, quando ainda era produtor, e acabou interrompida após se mudar para o SBT e estrear na função de diretor de externas. Ao retornar à emissora da Barra Funda, em 2014, já chegou com a nova qualificação e foi promovido outras quatro vezes até ser dispensado.

Caio, por sua vez, estava na empresa havia mais de 17 anos, com passagem pelos principais telejornais da casa. Iniciou sua trajetória na emissora pela Record News, como Editor, foi promovido à rede aberta para ser editor-executivo do Fala Brasil, passando pelo Balanço Geral e chegando na revista eletrônica.

Inicialmente, fontes da coluna relataram que a chegada de Roberto Cabrini ao Domingo Espetacular mexerá com alguns postos de trabalho. Além de apresentador, ele também deverá ser efetivado na função de editor-chefe --o que ainda não está sacramentado pela emissora, e ele também atuará na reportagem, já que não pretende ficar preso ao estúdio e manterá sua rotina nas investigatigações para reforçar a pauta da atração.

Mas o motivo das demissões no Jornalismo é o alto investimento feito pela Record no setor de Esportes, com a compra dos direitos de transmissão de jogos do Campeonato Brasileiro e a contratação de nomes de peso da concorrência para liderar as novas atrações que serão desenvolvidas para a cobertura das partidas.

Com a chegada deste produto à programação, a emissora optou por acabar com alguns programas, como o Câmera Record --que dará lugar a um programa ao estilo mesa redonda para debates sobre Futebol--, e o Repórter Record Investigação, que não sairá da grade em 2025, mas sua próxima temporada já está inteiramente gravada e a equipe foi completamente desligada da empresa.

Desde a semana passada, foram dispensados os repórteres Leandro Stoliar e Marcus Reis; os jornalistas Marcelo Magalhães, Priscilla Grans e Rodrigo Favero, que ocupavam postos de chefia no departamento, e mais alguns produtores e cinegrafistas.

Em seu posicionamento oficial, a Record diz que se trata de demissões pontuais.

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