A série de humor da Globo, ambientada no Brasil do século XIX, tem previsão de estreia para setembro
Filhos da Pátria é uma crônica cotidiana sobre o Brasil do século XIX, sob a ótica de uma típica família de classe média. Com redação de
Bruno Mazzeo e direção de
Mauricio Farias, a série tem previsão de estreia para setembro e faz uma interpretação, com humor e crítica, de como tudo o que vivemos e passamos atualmente teve início.
A trama será protagonizada por Alexandre Nero e Fernanda Torres. Geraldo Bulhosa (Alexandre Nero) é funcionário público português que trabalha no Paço Imperial como interlocutor das relações Brasil x Portugal. Com a instauração da Independência, ele perde o prestígio do cargo oficial e, aos poucos, se envolve nos esquemas que permeiam a repartição. “Geraldo Bulhosa chegou para mim como algo irrecusável. É uma série que tem humor crítico e uma qualidade incrível”, elogia Nero.
Maria Teresa (Fernanda Torres) é esposa de Geraldo e almeja ser da alta sociedade. A atriz leu a sinopse e ficou envolvida pela personagem, a matriarca da família Bulhosa, uma brasileira materialista ao extremo, classista e escravocrata, que sonha com o dia em que seu marido vai se impor profissional e socialmente, dando a chance de a família integrar a elite. “Maria Teresa é fruto do seu tempo, retrógrada, que vê na corrupção do marido a possibilidade de ascensão”, avalia Fernanda.
Geraldinho (Johnny Massaro) e Catarina (Lara Tremouroux) são os herdeiros da família. O rapaz é o primogênito de Geraldo e Maria Teresa. Sem-noção, inconsequente e analfabeto, ele é um amante da subversão ideológica e acredita piamente em suas ideias revolucionárias, mas mal sabe cuidar do próprio nariz. “Ele acredita que não precisa estudar para se dar bem na vida. É o trunfo da ignorância.”, fala Johnny Massaro.
Sua irmã é praticamente o oposto. Catarina é idealista, feminista, sonhadora e deseja ser dona do próprio sustento e da própria vida numa época em que ninguém vislumbrava essa realidade para as mulheres. Encantada com o desprendimento e a irreverência dos negros escravizados e com a liberdade e autonomia das cortesãs cariocas, ela vive em conflito entre suas aspirações pessoais e suas obrigações familiares. “Catarina não se enquadra naquela família, é contestadora e enfrentará embates com os pais. Ela sabe o que quer e não aceita os conceitos da época, principalmente quando a mãe lhe diz que ela precisa encontrar um bom partido, um bom provedor”, afirma Lara Tremouroux.
“A história é atemporal, estamos tratando da nossa essência também. O que acontece hoje em dia é a conta do que já vem há muito tempo”, explica o autor Bruno Mazzeo. O diretor Mauricio Farias complementa: “‘Filhos da Pátria’ é uma comédia dramática, em outros momentos é tragicômica e tem romance. Essa diversidade é muito rica e faz a gente passear por esses territórios. ”.
O elenco da trama também conta com Matheus Nachtergaele, Marcos Caruso, Leticia Isnard, Karine Teles, Saulo Laranjeira, Adriano Garib e Felipe Rocha.