Ana Clara revela aprendizado que ganhou de diretor artístico da Globo: 'Me ensinou'

Cria da TV Globo, Ana Clara, que surgiu como participante do BBB 18 e depois começou a mostrar seu talento como repórter e apresentadora de outros programas do grupo, estreia no comando do Estrela da Casa, nova aposta da emissora.

O Estrela da Casa é a grande aposta da TV Globo para este ano e você é a responsável por apresentar o programa. Como se sente com essa conquista?
Estou superfeliz, muito animada e muito confiante também. Nem passa pela minha cabeça que não vai ser um sucesso o nosso programa, muito pelo fato de ter uma equipe tão preparada. Trabalho com eles há seis anos, desde que saí do BBB, no próprio ano já entrei aqui na TV Globo e nunca parei de trabalhar, então confio muito no processo de criação do programa e como ele chegou até aqui, como eles lapidaram para que ele realmente fosse extremamente redondo, equilibrando muito bem o jogo, a convivência e a música sendo nosso fio condutor. Então, estou muito confiante, acho que vai ser um projeto muito legal e o público vai se apaixonar. E, lógico, é uma conquista muito grande na minha carreira e especial. Fico orgulhosa de mim mesma [risos].

Sente a responsabilidade de ocupar esse posto?
É uma grande responsabilidade, sim, entendo o peso que tem nesse cargo, mas todos os dias tento colocar na minha cabeça que é a realização de um grande sonho pra mim, é um objetivo que venho buscando nos últimos seis anos. Estou curtindo e mais me divertindo com a ideia do que vem pela frente do que focando no peso e na responsabilidade que é isso.

"Estou superfeliz, muito animada e confiante também. Nem passa pela minha cabeça que não vai ser um sucesso o nosso programa, muito pelo fato de ter uma equipe tão preparada."

Quem é a Ana Clara fora da TV?
A mesma pessoa, acho que eu não conseguiria vestir uma máscara para fazer o meu trabalho ou vestir um personagem, que muita gente faz e que não é um problema, mas eu não conseguiria porque acho que demanda muito da gente. Acho que não tem certo ou errado, eu busco fazer o que faria na minha vida real, com os meus amigos, com a minha família.

Quando você entrou no BBB, em 2018, passava na sua cabeça chegar aonde chegou? Visualizava um futuro na TV?
Não imaginava, jamais, e acho que foi o que tornou minha participação no Big Brother Brasil tão genuína. Eu sempre quis trabalhar com televisão, mas não imaginava que o Big Brother me traria isso. Então, não naquela época, mas logo depois, quando comecei a trabalhar na TV Globo, sim. E aí, pensando no passado, na minha cabeça de menina, o que eu estou realizando hoje é demais, é enorme.

O que mudou da Ana do BBB 18 para a de agora?
Muitas coisas continuam parecidas, mas mudei muito como pessoa na minha vida pessoal e profissionalmente houve mudanças que foram para melhor. Eu aprendi a ser mais paciente.

"Uma das minhas grandes dúvidas em relação ao comportamento dos espectadores é o que vai cativar mais eles, se é a música, a personalidade do artista, o estilo musical dele... Só durante o programa pra gente descobrir isso."

Como assim?
O Dourado [Rodrigo, diretor artístico do BBB e do Estrela da Casa] me ensinou muito sobre paciência, esperar o tempo das coisas. E sobre estar preparada profissionalmente para isso mudou muito, eu tive oportunidade, nesses últimos anos, de trabalhar em todos os programas que você pode imaginar. Fiz programa de culinária do GNT, fiz o Rock in Rio ancorando, fiz como repórter, fiz todos os programas que a gente tem no Big Brother Brasil, até o que nem existe mais, que é o Plantão BBB. Nem o Tadeu [Schmidt] está há tanto tempo no Big Brother Brasil quanto eu [risos].

Inclusive, quando acabar o Estrela da Casa, férias?
Claro que não! Pra quê [risos]? Temos o Panela Quente, no GNT. Então, trilhei um caminho para conseguir me preparar profissionalmente para isso e acho que amadurecer também. Eu era uma menina, tinha 20 anos, era besta, não sabia de nada, mas achava que sabia muita coisa e eles me escolheram, me raptaram do mundo e me trouxeram pra cá, para esse outro mundo e estou aqui até hoje.

O que leva de você para o Estrela da Casa?
Talvez a irreverência e as respostas de bate-pronto. Vamos ver como é que vai ser. Apresentar 50 dias de programa é bastante tempo, então acho que essa coisa do orgânico e do só vamos com certeza faz parte.

Vai ter discurso de eliminação?
Não sei, isso a gente vai criar no futuro, vai entender como é que vai funcionar. Acho que cada apresentador tem suas características, cada programa suas características e isso a gente vai moldando ao longo do tempo, vendo o que funciona, o que não funciona para o público, pra gente, então isso a gente vai criar daqui a pouquinho.

O que o público pode esperar do Estrela da Casa?
A galera pode esperar um programa muito bem estruturado, misturando a música, o jogo, a disputa, o nervosismo do artista, competitividade, convivência, tudo junto. A estrutura do programa está muito bem equilibrada, nossa estrutura da semana mesmo. Quando as pessoas começarem a ver acho que vai ficar mais fácil na cabeça de todo mundo. Mas podem esperar um programa superleve, divertido, que vai apaixonar todo mundo e vai fazer ficar grudado na televisão vendo os barracos, os choros, os romances e tudo mais. Acho que vai ser muito legal e, mais que tudo, acho que as pessoas vão se apaixonar muito pelos participantes que a gente está trazendo, porque eles são muito legais e talentosos.

"Acho que eu não conseguiria vestir uma máscara para fazer o meu trabalho ou vestir um personagem, que muita gente faz e que não é um problema, mas eu não conseguiria porque acho que demanda muito da gente."

Para qual dia do programa está mais animada para ver acontecer logo?
Amo terça-feira, acho que vai ser um dia muito legal. O dia do festival vai ser grandioso, eles vão se sentir estrelas mesmo e acho que vai ser muito incrível, todo mundo vai gostar muito de assistir e de fazer.

Como será sua interação com os participantes? Será por vídeo, pessoalmente?
Vou interagir de várias maneiras com eles, uma delas é no domingo, estando lá dentro da casa com eles pessoalmente, mas temos telões, temos várias maneiras de conversar com os participantes.

Você participou, de alguma maneira, do processo seletivo desses participantes?
Eu recebi a notícia de que ia participar do programa no Natal. O Boninho [diretor de gênero Variedades e Realities da Globo] me ligou para me dar de presente de Natal o programa e desde lá a gente vem lapidando o programa, desde antes, na verdade, eles vêm lapidando o programa. Eu não tive voz ativa nisso, mas recebi, sim, como ia ser. Depois um novo formato, depois de novo... até a gente chegar aqui.

No Brasil já tivemos muitos realities musicais e poucos cantores vingam. Como vocês vão trabalhar o pós-programa desses participantes para que eles realmente façam sucesso?
Eles terão todas as ferramentas para que tenham um pós super bem-sucedido. Primeiro que eles já são pessoas extremamente talentosas, só precisam realmente ter uma oportunidade de conseguir brilhar mais, porque no Brasil é muito difícil viver de música. Mas a gente está dando todas as oportunidades para que eles se tornem artistas mais completos ainda. Eles terão workshops, visita de cantores incríveis do mercado, oficinas, então eles vão sair do programa, com certeza, muito melhores e muito mais bem preparados para o mercado de trabalho.

O interessante é que também é um programa de convivência, então o público pode gostar da personalidade de um participante, mas não gostar dele cantando ou do gênero musical que ele canta...
Exatamente, aí vai do espectador. A gente não tem como controlar isso, se as pessoas estão torcendo por um, por outro, não tem como a gente controlar. Uma das minhas grandes dúvidas em relação ao comportamento dos espectadores é o que vai cativar mais eles, se é a música, a personalidade do artista, o estilo musical, só durante o programa pra gente descobrir.