A ex-miss conta que não aceitava os fios enrolados, mas hoje tem orgulho de seus cachos e quer incentivar outras meninas a se libertarem também
Raissa Santana sabe o quanto um cabelo pode mudar a autoestima. Quando mais nova, a ex-miss alisava os fios porque se achava feia com cabelo enrolado. Hoje, a situação é bem diferente. Ela tem orgulho de mostrar o seu DNA . "Eu aceitei os cachos e descobri que eu era bonita com eles. Meu cabelo é tudo pra mim", diz Raissa, porta-voz da nova linha Elseve Óleo Extraordinário Cachos de L’Oréal Paris, que em breve lançará um canal no You Tube sobre beleza. "Quero incentivar e ajudar as meninas sobre a rotina com o cabelo cacheado", completa.
Confira a entrevista!
Atualmente assistimos um movimento muito grande de empoderamento feminino e os cachos tem muito a ver com esse contexto. O que o seu cabelo representa para você?
Meu cabelo representa minha autoestima, eu descobri minha autoestima com ele. Foi um momento que eu aceitei os cachos e descobri que eu era bonita com eles. Antes, eu achava que era feia, por esse motivo eu alisava. Então, hoje, meu cabelo é tudo pra mim!
Qual a sua rotina de cuidados com os fios?
Eu tento lavar o mínimo possível, no máximo duas vezes por semana. Costumo fazer uma hidratação no banho mesmo, quando não tenho tempo de fazer aquela hidratação mais longa. Passo máscara e um óleo de coco: misturo no creme e gosto de usar puro no cabelo também para finalizar.
A pele também recebe atenção?
Eu tô começando a cuidar mais da minha pele agora. Não tinha aquela rotina de passar vários cremes e filtro solar, mas a gente vai amadurecendo e mudando. Então eu cuido muito mais da minha pele hoje, geralmente à noite. De manhã eu passo BB Cream com filtro e à noite eu passo três creminhos para hidratar e manter a pele firme e finalizo com água termal.
Quais os planos para 2018?
Eu tenho muitos sonhos para realizar e espero conseguir concretizar todos, mas um dos projetos que já posso adiantar é que quero abrir um canal no youtube para falar sobre beleza, cabelo, maquiagem e incentivar e ajudar as meninas sobre a rotina com o cabelo cacheado. Eu não tinha muita referência na minha época e senti muita falta disso. Mas também quero focar bastante em maquiagem, que adoro! Sei me maquiar, na maioria das vezes eu que me produzo para os eventos...
Há um aumento da representatividade da mulher negra no mercado de beleza. Como você enxerga esse movimento?
Para mim, a maquiagem era o mais difícil. Eu nunca encontrei base do meu tom, sempre tive que misturar produtos, então hoje eu consigo ter essa facilidade. E isso é muito importante pra gente se sentir bonita, se sentir confiante, além de se sentir parte real da sociedade. Estou muito feliz de ver as marcas olhando para nós de forma diferente, porque querendo ou não é um público muito grande: o Brasil tem mais de 50% da população negra, então porque não fazer produtos especialmente para essas mulheres?