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"Às vezes, a vida é pesada, machuca", dispara Rômulo Neto

No ar em Pega Pega, o ator Neto chega aos 30 e, junto com a nova idade, revela o sonho de formar uma família e desabafa sobre a batalha para se livrar da fama de galanteador

Por Tatiana Ferreira Publicado em 23/12/2017, às 12h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Rômulo Neto - Fabrizia Granatieri
Rômulo Neto - Fabrizia Granatieri

Em seu smartphone, um rock clássico deu o clima do ensaio, que aconteceu nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro. Entre um clique e outro, Rômulo Neto, 30 anos, no ar como o apaixonado Lourenço, de Pega Pega (Globo), conferia o resultado no equipamento do fotógrafo. Ele é assim, se entrega em tudo que faz. É seu maior crítico em todas as áreas da vida, seja profissional ou pessoal. Solteiro há nove meses, desde o fim de seu namoro com a atriz Cleo Pires, 35, está aberto a novos amores. Com uma fila extensa de pretendentes, nenhuma ainda foi capaz de laçar o coração do galã. “Conheci pessoas muito legais desde que me separei, só que não rolou magia, paixão, que faz você querer estar junto e se relacionar o tempo todo. Tudo na sua hora”, reflete. “Talvez seja mesmo para eu estar sozinho e focar no meu trabalho e em coisas pessoais. Se tiver que conhecer alguém, vou conhecer e namorar de novo. Tudo na sua hora”, diz, tranquilo. 

SOZINHO “Adoro um relacionamento a dois, sempre gostei. Tive vários namoricos e outros mais longos. Mas prefiro estar sozinho do que com uma pessoa por comodidade, praticidade, carência ou solidão. Namoro porque me apaixono e sou intenso e, enquanto não encontro esta pessoa, vou ficar sozinho”.

QUÍMICA PERFEITA “Para me conquistar, tem que bater uma coisa de energia. Isso é muito forte para mim. Se bater com a minha, rolar a química, a beleza fica para segundo plano. Gosto de mulher um pouco mais zen, mais tranquila. Mulheres com atitude e ousadas me chamam a atenção também, porque me identifico. Mas não dá para escolher tudo, né? O mais importante é bater energia e a pessoa ser do bem.” 

ROTA DE FUGA “Às vezes, a vida é pesada, lidamos com coisas que nos machucam. Mas, desde pequeno, aprendi que se alimentar com aquilo que nos faz bem, como a natureza, faz criar uma energia muito boa, fica-se motivado, libera-se endorfina. Por isso, estou sempre fazendo algo bom para mim: esporte, bons amigos e trabalhos. Nunca deixando a preguiça, tristeza ou problemas tomarem conta. Inclusive, uma coisa que me ajudou muito no fim do relacionamento com a Cleo foi estar começando em Êta Mundo Bom (Globo, 2016).”



CLEO PIRES “Minha tatuagem continua aqui (a palavra ‘idem’. Ele e a atriz fizeram a mesma tatuagem, mas após o término do namoro ela cobriu as letras com símbolos). Não tenho raiva e nem porque mudar. Por enquanto, deixa quieto. Faz parte da minha história e acho lindo o desenho. Ela deve ter tido os motivos dela, mas a atitude não me bateu em nada. Assimilei e respeitei.” 

TRINTOU “É a abertura de um novo momento. Aos 30 anos, é uma idade onde se torna realmente adulto e não tem para onde fugir. É ter se descoberto profissionalmente e não tem mais muito perdão pela imaturidade. A vida começa a ficar mais séria. A gente já pensa em casamento, na velhice e na vida a longo prazo. É mais um apanhado do que você já passou. Crise? Não necessariamente, mas uma consciência maior. Uma reflexão um pouco mais real das coisas. Se aceitar do jeito que é, não agradar todo mundo. E buscar ser cada vez mais feliz do jeito que sou, aceitar as inseguranças, os medos...” 

DESCOBERTA “A vida é feita de fases. Esta maturidade e a consciência neste momento está me fazendo me resguardar mais e realmente fazer o que tenho vontade. Baladas nunca me fizeram bem, me divertiram. O que me anima hoje em dia é um jantar, festa na casa de amigos. Quando se dá conta disso, que a bebedeira, a noite não te traz amizades de verdade, desperta o vazio. E é maravilhosa a descoberta! Chega uma hora que a conta chega. Adoro fazer as coisas sozinho porque é um tempo que tenho para estar comigo, refletir e repaginar a minha vida.” 

GALANTEADOR “Não curto e nem me orgulho desta fama. Inclusive, tento dominar isso. É até o oposto. Tenho um certo cuidado até para não imprimir uma informação que eu não quero passar. Não sei utilizar esta fama a meu favor.”