Definitivamente, a banda americana conquistou o país em sua terceira passagem. Conversamos com o vocalista, Matt Shultz, que diz ser muito apaixonado pelos fãs brasileiros
A banda Cage the Elephant já pode pedir música no Fantástico (Globo). Afinal, durante o festival Lollapalooza, em São Paulo, os músicos carimbaram três participações (ou podemos até chamar de gols) no evento, todas com um público que sabia cantar todas as canções do grupo - já são dez anos de carreira e quatro álbuns. E na quarta-feira (29), eles se apesentaram novamente no Rio de Janeiro, com um show lotado, ao lado de outra banda que tocou no Lolla, a Silversun Pickups. CONTIGO! conversou com o vocalista do Cage, Matt Shultz, e ele contou que cada vez mais se apaixona pelos fãs brasileiros e espera incorporar elementos da música brasileira no próximo trabalho da banda. Confira:
Como foi tocar pela terceira vez no Lollapalooza?
Uma das apresentações mais legais que a gente já fez
aqui no Brasil, definitivamente. O público brasileiro é tão maravilhoso, que a
gente tem vontade de se jogar muito, dar o nosso máximo. O que mudou foi o
tamanho, pois chegamos em 2012 e, aos poucos, fomos conquistando mais gente. A
energia continua a mesma.
Uma amiga disse que vocês são muito legais com os fãs...
Pra vocês, existem alguma diferença entre os fãs brasileiros e os de outros
lugares do mundo?
Não é que exista uma diferença, pois fã é fã em qualquer
lugar. Porém, o que eu acho que muda é a maneira de demonstrar carinho, pois
vocês são muito legais com a gente, são muito interessados no nosso trabalho e
isso deixa a gente muito feliz.
Já deu tempo de visitar alguma coisa no Rio de Janeiro?
Com certeza! Visitamos alguns pontos turísticos da
cidade, que, aliás, são muito lindos. Mas, o que a gente gosta mesmo é de ficar
nas praias. Deu tempo de ouvir alguns discos raros de vinil do Tom Jobim, um
dos meus artistas brasileiros preferidos e fiquei inspirado pra compor (risos)...
A banda fez uma das performances mais dançantes do Lollapalooza 2017
Então, isso quer dizer que você vai se inspirar
novamente no Brasil pra compor uma música? ( Come
a little closer foi inspirada em favelas de São Paulo. Matt viu algumas
casas precárias da janela do hotel, em 2012 e escreveu a letra do sucesso)
Ah, sim! Eu estou sempre sendo inspirado por tudo que me
cerca e o Brasil é um lugar cheio de nuances, cores, pessoas e, claro, músicas
interessantes. Por isso, acho que coisas daqui, da América do Sul e algumas
batidas africanas estarão presentes no próximo trabalho, tenho pesquisado
bastante até.
Com uma rotina agitada, com shows em São Paulo e no Rio
de Janeiro, dá tempo de sentir saudades de casa?
Não muito, pois estou sempre em contato com a minha
família, especialmente minha mulher, Juliette Buchs. Nos falamos todos os dias
no telefone, quando ela não está comigo em turnê. Não consigo ficar muito longe
dela, não!
E vocês pensam em ter filhos ?
Agora não, mas no futuro sim. Ainda tenho muita coisa
pra trabalhar, criar, e quero ter tempo pra curtir meus filhos, colocar uns
discos do Bowie pra eles ouvirem, ensinar a tocar guitarra... tudo ao seu
tempo!