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Carla Diaz: "Sou independente desde pequena"

A atriz treina montaria e luta para interpretar uma princesa em A Terra Prometida, fala sobre relacionamentos e relembra personagens que a lançou à fama

Por Daniel Lopes Publicado em 21/09/2016, às 19h50 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Carla Diaz - Vinivius Mochizuki
Carla Diaz - Vinivius Mochizuki
Quem não se lembra da Khadija de O Clone (Globo, 2001)? “Nas Olimpíadas, sempre que era medalha de ouro para o Brasil, tinha meme do Inshalá! Se foi marcante para as pessoas, imagine para mim?! É gratificante saber que ainda está na cabeça de todos. Ficarei velhinha e ainda vão lembrar disso”, diverte-se Carla Diaz, aos 25 anos, que trabalha desde os 2 e já participou de produções como Chiquititas (SBT, 1998), A Casa das Sete Mulheres (Globo, 2003), além do musical Estúpido Cúpido, há quase um ano em cartaz, e do longa Jogos Clandestinos, filmado recentemente. “Quando gostamos do que fazemos, arranjamos tempo para tudo”, afirma. Agora, Carla encara novo desafio. Ela estará no ar a partir do fim do mês na novela bíblica A Terra Prometida (Record). A atriz, que precisou escurecer os fios, viverá uma princesa. “Sempre quis fazer um papel assim, mas essa personagem é diferente. Ela é uma guerreira. Esse é o grande segredo de Melina na trama. É uma jovem sonhadora que bate de frente com as injustiças de seu reino, comandado pelo pai, uma verdadeira cobra. Ela luta pelo que acredita, assim como as mulheres de hoje em dia, que também buscam igualdade”, explica. Do mesmo modo que Melina, Carla não é do tipo que precisa de alguém para fazer o que quer. “Sou independente desde pequena e nunca me deixei levar pela opinião de ninguém”, completa. Quando o assunto é relacionamento, a atriz, que está solteira, é mais cautelosa. “Deixo as coisas acontecerem naturalmente. Cada um sabe quem tem de dar o start, o homem ou a mulher.”


Carla Diaz será a princesa Melina em A Terra Prometida

AULAS DE MONTARIA E LUTA
Em cena, Carla teve de vencer alguns de seus maiores medos. A atriz encarou aulas de montaria e luta para não fazer feio. “Todo papel requer um trabalho corporal. Desde O Clone, eu pratico dança do ventre, por exemplo. A Melina me exigiu um grande esforço físico. Eu fiz aulas de equitação na infância, mas uma vez andei com um cavalo que começou a empinar e disparou comigo. Fiquei traumatizada. Quando me deparei com a personagem, decidi encarar. Entrei nas aulas de montaria e aquilo me ajudou a superar o medo”, conta. Já na aula de luta, a missão era outra: aguentar o peso da espada. “Não é fácil, ela é enorme. Os meninos costumam ganhar espadas de brinquedo na infância. Mas, para uma menina, tive uma dificuldade maior”, lembra. 
Com 1,53 de altura e 45 kg, Carla considera-se uma mulher vaidosa. Pratica musculação e frequenta aulas aeróbicas três vezes por semana, mas afirma que não se sente cobrada para estar sempre impecável. “Gosto de cuidar da pele, do cabelo, entretanto, não sou escrava da moda. A ordem é me sentir bem e confortável”, garante ela, que, como qualquer mulher, tem dias bons e ruins na frente do espelho. “Não existe regra, tem dias em que me sinto sensual, outros não.” 


Carla venceu o medo de cavalos para entrar na novela

ACOSTUMADA COM A FAMA
Carla começou cedo e cresceu sob os olhares de todo o Brasil. Entretanto, a atriz não acha que isso tenha, de alguma forma, prejudicado sua infância. “Nunca me atrapalhou em nada. Eu sempre tive o apoio e a presença constante dos meus pais. Já deixei, sim, de brincar ou ir a alguma festinha para gravar, mas era o que eu mais gostava de fazer. Eu ia feliz. Isso nunca foi um problema para mim. Se eu tivesse ficado incomodada, teria desistido”, pondera. “Sempre fui muito feliz atuando e gravando. Hoje, sinto o peso do trabalho, mas ainda é algo que eu amo fazer. Por ter começado a trabalhar cedo, me acostumei com o assédio, a falta de privacidade. Quem começa hoje, mais tarde, às vezes não sabe lidar com a fama. Não me arrependo de nada e faria tudo de novo”, completa.