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Danielle Dahoui: "Precisei provar que não tinha medo para que me respeitassem"

Por Mariana Silva Publicado em 17/12/2016, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Chefe Danielle Dahoui - Fotos: Rogerio Pallatta
Chefe Danielle Dahoui - Fotos: Rogerio Pallatta
Sobrancelhas arqueadas e marcantes. Imposição de voz. Firmeza. Durante sua trajetória na quarta temporada do Hell’s Kitchen – Cozinha Sob Pressão, do SBT, a primeira sob seu comando, a chef Danielle Dahoui,  não deixou barato para os 20 participantes que passaram pelo reality nas 15 semanas de exibição. Tais características, porém, ficaram em segundo plano quando a moça entrou no Bistrô Ruella, em São Paulo, com look casual, tênis colorido e mochila. Primeira mulher a comandar o reality show no mundo – a atração possui versões em 15 países—, Dahoui assumiu o comando da atração antes apresentada por Carlos Bertolazzi. A estreia na TV foi, além de um desafio, a expansão de seu universo. “Estou muito feliz com o resultado. Eu me sinto completa, feliz e realizada. Só tenho motivos para agradecer por este mundo novo que descobri dentro da gastronomia.” Logo que chegou, no primeiro episódio, ela já disparou: “Lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive na cozinha”, deixando claro sua posição.

REMÉDIO PARA DORMIR
Mesmo com as broncas e uma postura irredutível, longe das câmeras Dahoui não conseguiu evitar a decepção com as eliminações. “Foi difícil mandar alguém embora só porque errou. Eu mesma errei muito quando comecei, então achava injusto. Depois do primeiro eliminado, chorei, fiquei mal, cheguei a tomar Rivotril para dormir, porque não conseguia relaxar”, recorda ela, que precisou conversar com a filha, Noah. “Lembro de perguntar a ela: ‘Tá preparada para ter uma mãe que todo mundo odeia?’”, diverte-se. O toque pessoal e feminino gerou críticas e comparações à postura severa mantida por Bertolazzi e por Gordon Ramsay, que comanda a versão americana, mas a chef garante que não se incomodou. “O Bertolazzi é uma pessoa maravilhosa, fez três temporadas lindas sendo quem ele é, de fato, dentro da cozinha. Eu amo ouvir as críticas, são fundamentais e me trazem aprendizado”, diz.

Danielle Dahoui em seu restaurante, o Bistrô Ruella

SEXO FRÁGIL?
Com a ascensão dos realitys culinários, as mulheres ganharam a chance para mostrar sua força na cozinha. “Provamos o quanto somos múltiplas. Mãe, dona de casa e ainda uma superprofissional. No mundo da gastronomia, ninguém conseguia enxergar a mulher como alguém que impõe algo. Aos poucos nós, mulheres, estamos conquistando espaço, mas o meio ainda é, sim, muito machista”, garante Dahoui. A chef, que começou a carreira aos 23 anos lavando pratos em um restaurante, aprendeu tudo na prática e com muito esforço. A quebra de preconceitos com o sexo feminino acompanharam sua caminhada e há 20 anos ela é proprietária de três unidades do Bistrô Ruella, em parceria com Letícia Lopes, todos na capital paulista. “Tive que mostrar que vim para ficar, que independentemente de ser homem ou mulher, era uma profissional. Precisei provar que não tinha medo, para que as pessoas me respeitassem e aceitassem. Essa continua sendo minha meta até hoje”, fala a chef, segura de quem se tornou e de seus próximos passos.

FÉ NO AMOR
Por falar em toque feminino, dentro e fora da cozinha, Dahoui procura trabalhar sempre bonita, mantendo os cuidados com make-up e cabelo. Durante o reality, a chef, inclusive, decidiu usar um dólmã diferente por episódio. “Gosto dos meus cabelos trançados, eu mesma faço. E adoro escolher os detalhes dos dólmãs. É importante se arrumar para trabalhar, vejo como uma forma de demonstrar respeito, como se eu tivesse me preparado para aquele momento”, explica. Solteira, a chef – que teve um relacionamento de seis anos com o ex-jogador Raí, pai de Noah – garante estar de bem com a vida e diz que não pensa em casamento. Pelo menos por enquanto. “Sigo solteiríssima e feliz! Amo casamento, acredito no amor e acho um ato muito inteligente feito por duas pessoas, mas não sei se combina comigo, eu gosto mais de namorar. Esse é o meu pensamento hoje, pode ser que amanhã eu mude de ideia (risos).”