Solteira, a atriz esteve em Florença, na Itália, e fala sobre o processo de autoconhecimento
Acitação à obra do sociólogo italiano Domenico de Masi, 78 anos, Ócio Criativo, se encaixa perfeitamente na viagem que a atriz Isabelle Drummond, 21, fez. Solteira e de férias da TV após o fim de Sete Vidas, ela partiu em novembro rumo a Florença, cidade renascentista italiana e capital da região da Toscana, para fazer um curso de Arte. Além de aproveitar a viagem para conhecer novas culturas e pessoas, ela também descobriu duas paixões: a fotografia e escrever, além de ter vivido um processo de autoconhecimento. “Gosto de estudar Arte e ler sobre o assunto. Quis aprender um pouco mais e ter mais contato. A Itália, principalmente Florença, é cheia de arte na rua, em tudo. Desde as construções até as esculturas. Achei que seria uma coisa gostosa. Escolhi fazer aula de História da Arte e Escultura. Acabei fazendo um pouquinho de Fashion Design, mas bem pouco. A professora era um barato!”, conta, ao fim de três meses de estudos. “Faz tempo que tenho vontade de estudar mais. Comecei a estudar Psicanálise à distancia, logo depois da novela. Adoro aprender. Gostaria de saber e ser um pouco de tudo. Sou ansiosa e quero usar o tempo de maneira produtiva.”
Estar longe de casa também ajudou em outro processo. “Mais do que qualquer coisa, estou me conhecendo. Há muito tempo eu não sabia mais quem eu era, não tinha um período comigo mesma para me sentir. Adoro viver personagens. Mas não posso sempre me esconder atrás do meu trabalho, que amo. Estou começando a me sentir mais corajosa para ser eu mesma, viver minha vida e minhas escolhas. É dificil, mas muito gostoso. E não tenho mais a justificativa de que não tenho tempo de pensar por não estou vivendo minha vida. Tenho sido mais honesta comigo e com tudo ao meu redor”, reflete a atriz com jeito doce e que começou na TV muito cedo, em 2001, com apenas 7 anos, dando vida à Emília do
Sítio do Picapau Amarelo. “Vejo muitas vantagens e experiências lindas ao direcionar minha vida para o que quero. Mas isso me afastou um pouco de outros universos, das fases sociais comuns, de pessoas que têm vidas normais. Tudo é relativo, claro. Depende do ponto do ponto de vista. As pessoas vêem muitas vezes o que elas querem ver. Na verdade, gosto bastante de tudo que me aconteceu. Sou grata”, diz sobre o início precoce e a trajetória que construiu na TV.
"Foi libertador quase ninguém me conhecer. Andei pelas ruas como nunca", disse Isabelle
De volta ao Brasil, Isabelle estuda um convite para entrar em um novo projeto, que prefere ainda não revelar – mas ainda curte as lembranças da viagem, as fotos que fez... “Gosto muito de observar. Então, às vezes, vejo um ângulo que talvez outras pessoas não tenham visto, assim como o contrário também deve acontecer. Comecei a fotografar mais nesta viagem – com o celular mesmo. Um dia brinquei falando de ‘ponto de vista’ e acabou que isso ficou em mim. Então brinco que o que estamos vendo é apenas isso: um ponto de vista. E aí mostro o meu e gosto”, afirma. E de onde viria esta verve artística? “Não sei... Nem sei se tenho (risos)! Talvez a arte esteja em todos. Vejo mais como uma expressão de vida. Cada pessoa tem uma diferente. Existem tantos tipos de arte...” Questionada sobre quais seriam suas formas de expressão, a atriz se mostra aberta a experimentações. “Gosto de brincar com pintura, argila, mas de uma maneira livre, em paz. Quando estou no Brasil, tenho tentado aprender piano. Gosto de cozinhar também.”
Viajar também ganhou um novo status em sua vida. “Conheci alguns lugares graças ao meu trabalho. Descobri que conhecer culturas abre a cabeça. Me mostra que minha maneira de viver não é a única e nem a melhor. Quero conhecer vários lugares e culturas ainda. Gosto muito de viajar. Sou inquieta.”
Ela aproveitou para fotografar muitas paisagens deslumbrantes como esta costeira em Cinque Terre