O terceiro disco da cantora bebe do Neosoul, R&B e Reggae com uma linguagem brasileira e cheia de compositores consagrados, como Caetano Veloso
CONTIGO - Como foi o processo de produção?
Luciana - Foi um processo que privilegiou o tempo de criação. Tivemos tempo de construir, experimentar, o que considero um luxo em tempos em que o mundo te cobra sempre velocidade e prontidão.
CONTIGO - E o que te motivou dar o nome de uma deusa? Você se sente uma deusa?
Luciana - Essa música sempre mexeu com minhas forças ancestrais, desde que ouvi pela primeira vez com Elza Soares. Sempre achei um título forte. Também acredito que ele acaba exaltando o lado diva e deusa que toda mulher, de uma forma ou de outra, tem. E isso tem me feito perder o medo de, também, me achar diva e de me sentir deusa.
"Acho muito bacana ver que mais mulheres estão compondo, tocando e presentes em novas funções na música."
CONTIGO - Como você vê o empoderamento feminino hoje?
Luciana - Estamos em um momento muito importante de rever os papéis femininos e de desnaturalizar opressões que vivemos no passado. A mulher hoje é outra. Somos potencializadas e estimuladas a viver e rever nossos papéis. Ainda há muito a ser transformado e precisamos ter cautela com os modismos que o termo traz, mas acredito que estamos nos fortalecendo, inclusive enquanto coletividade.
CONTIGO - O que você espera da música feminina brasileira?
Luciana - Espero que a gente ocupe mais espaços e que sejamos protagonistas de nossa história. Acho muito bacana ver que mais mulheres estão compondo, tocando e presentes em novas funções na música e trazendo nas letras uma percepção mais feminina.