Criação da filha de Virginia virou assunto quando a influencer filmou Maria Alice se esperneando por não querer vestir roupas de criança; entenda
Um acena peculiar tomou conta da atenção do público nesta semana. É que a filha mais velha de Virginia Fonseca e Zé Felipe, a pequena Maria Alice, fez um verdadeiro escândalo porque não queria vestir um maiô de criança. Segundo a mãe, a menina ficou incomodada pois queria usar uma peça de adulto. "Deixa eu te falar, você tem três anos. Gente, ela está falando que esse biquíni é de criança", disse a influencer ao filmar a herdeira aos prantos e jogada no chão
Segundo Telma Abrahão, biomédica, especialista em Neurociência e Desenvolvimento Infantil e autora do livro “Por trás das Birras”, esse tipo de comportamento pode ser um sinal de adultização. Além disso, o ato de se arremessar no chão e se espernear também é um indicativo de que a criança está 'birrenta'.
Adultização é o termo utilizado para quando uma criança ou um adolescente age e/ou é estimulada a agir de forma inadequada a sua idade, querendo ser mais maduro do que deveria. Segundo a especialista, esse processo é "preocupante".
"[A adultização] pode interferir no desenvolvimento saudável nessa fase tão importante da vida que é a infância. As crianças têm necessidades emocionais, sociais e cognitivas específicas para cada fase de sua vida, e pular essas etapas pode prejudicar sua maturação emocional e causar ansiedade", explicou ela.
Abrahão ainda pontuou a necessidade de respeitar todas as fases de crescimento da criança: "É essencial que as crianças sejam valorizadas em seu estágio de desenvolvimento, respeitando suas escolhas, mas ao mesmo tempo guiando-as para que vivam plenamente a infância, sem pressões para adotar comportamentos ou valores adultos precocemente".
De acordo com a autora, é completamente natural que as crianças se moldem nos pais e, portanto, queiram ter um comportamento mais adulto ou usar roupas/acessórios para se sentirem maduras. Porém, há casos em que os pequenos percebem a necessidade de amadurecer mais rápido para lidar com a forma com que os pais as tratam.
"Quando há exposição excessiva a padrões de comportamento ou expectativas adultos, seja por meio de mídias, brincadeiras ou comentários, a criança pode internalizar a ideia de que precisa agir como um adulto para ser aceita ou valorizada. Os pais desempenham um papel crucial ao incentivar atividades e experiências que reforcem a importância e a beleza da infância, protegendo os pequenos dessa tendência de adultização", explicou ela.
Telma Abrahão diz que não necessariamente as birras são resultado de um erro dos pais ao criarem seus filhos. Segundo ela, essas atitudes imaturas fazem parte da expressão emocional da criança, que ainda não sabe agir de forma racional.
"Elas acontecem quando a criança, ainda com habilidades limitadas de autorregulação e comunicação emocional, tenta expressar desejos, frustrações ou necessidades. É importante lembrar que cada criança tem uma personalidade única, e fatores como temperamento, experiências de vida e ambiente familiar influenciam seu comportamento. A forma como os pais lidam com essas situações pode potencializar ou minimizar o impacto das birras, mas não significa que sejam sempre 'culpados'", disse.
A biomédica afirma que os pais devem se preocupar quando as birras foram muito frequentes, difíceis de manejar ou persistem além da idade esperada (normalmente até os 5 ou 6 anos): "Também é importante observar se a criança apresenta outros sinais, como agressividade constante, dificuldade em formar vínculos ou reagir de forma exagerada a pequenos estresses. Esses comportamentos podem indicar que a criança está lidando com emoções que não consegue processar sozinha, ou até mesmo algum fator externo, como estresse no ambiente familiar ou na escola, precisando de um olhar atento e, em alguns casos, de avaliação profissional".
Para responder essa pergunta, Abrahão fez uma lista de dicas para os pais usarem no momento da birra:
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