Andressa Urach sofre após mudar a cor dos olhos e médico faz alerta grave

A criadora de conteúdo adulto Andressa Urach compartilhou em suas redes sociais um procedimento inusitado que realizou nos olhos. A influencer decidiu mudar a cor da íris, mas o pós-cirúrgico não está sendo como ela imaginava.

O médico Gustavo Bonfadini, formado em Oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), conversou com a CONTIGO! e alertou sobre os perigos da cirurgia feita por Andressa.

Quais são os riscos do procedimento?

Segundo Gustavo, os riscos variam muito de pessoa para pessoa, mas de acordo com estudos publicados na literatura médica (Journal of Cataract and Refractive Surgery e Cornea) descrevem complicações sérias, como infecções corneanas profundas, inflamações severas, opacidades irreversíveis da córnea, perfurações corneanas e até cegueira permanente. "O caso recente da Andressa Urach, relatando dor intensa e arrependimento após o procedimento, evidencia justamente esses riscos graves mencionados nos estudos científicos". 

"No curto prazo, as complicações mais comuns incluem dor intensa, inflamação persistente, infecção ocular aguda e fotofobia intensa (sensibilidade extrema à luz). Já no longo prazo, artigos científicos têm documentado casos de opacidade corneana irreversível, diminuição permanente da visão e até necessidade de transplante de córnea devido a danos irreparáveis causados pelo procedimento. O risco de prejuízo visual permanente é real e frequente na literatura especializada", continuou o médico.

Quais são as alternativas seguras para a troca de cor?

Gustavo explicou que existem diversos métodos mais tranquilos e seguros para realizar a mudança de cor de olho e a mais conhecida e recomendada são as lentes de contato coloridas, indicadas após uma consulta com médico oftalmologista, são fabricadas com materiaistestados clinicamente e aprovadas por autoridades de saúde.

"Como médico oftalmologista especialista, reforço categoricamente que procedimentos invasivos puramente estéticos como a ceratopigmentação não são aprovados no Brasil e também não valem o risco comprovado e documentado de danos irreversíveis à visão. A prioridade deve sempre ser proteger a saúde ocular. Casos como o de Andressa Urach são importantes alertas para que evitemos escolhas perigosas com consequências possivelmente irreparáveis", explicou o especialista.

O médico reforça que a ceratopigmentação em olhos saudáveis é proibida no Brasil e desencorajada pela maioria das sociedades médicas e científicas no mundo, devido ao elevado risco de complicações irreversíveis no olho e risco de cegueira. "Para qualquer modificação estética nos olhos, considere substituir procedimentos invasivos por soluções temporárias e seguras, como lentes coloridas de boa procedência. "A saúde e a integridada da visão devem sempre vir primeiro — não se deixe seduzir por modismos que colocam sua visão em risco irreversível", finaliza.

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