Após polêmicas envolvendo Cauã Reymond, fontes afirmam que a crise nos bastidores da novela surgiram por problemas na direção; Globo se manifesta
Desde que estreou na faixa das 21h em 31 de março na TV Globo, Vale Tudo tem sido uma novela dentro e fora das telas. A repercussão de que Cauã Reymond e Bella Campos teriam diversos atritos nos bastidores da produção acabou trazendo à tona outros boatos que desviaram o foco da trama ficcional para a tão especulada trama real do remake.
De acordo com o colunista Gabriel Perline, do Splash UOL, o caos no set se dá por diretores da novela que são omissos e não se posicionam para dirigir atores veteranos da casa em cena, o que teria gerado um desconforto genreralizado nas gravações.
O diretor de Vale Tudo, Paulo Silvestrini, nome consagrado da emissora por novelas como Avenida Brasil e Joia Rara, é acompanhado por outros seis profissionais de direção de confiança, que seguem a rotina nos sets. Dentro da equipe, quem está o ‘braço direito’ de Silvestrini, Cristiano Marques, que assume o lugar de diretor-geral.
Contudo, apesar da liderança experiente, fontes de Perline afirmam que a autoridade da equipe de direção está abalada e que nada passa sem a aprovação de parte do elenco e opiniões até de cinegrafistas que apoiam as cena. São os próprios atores que marcam suas cenas e entonações e definem até o enquadramento da câmera, responsabilidades que pertencem ao diretor.
Cauã Reymond levou a fama entre os colegas de elenco por palpitar e até avaliar a atuação dos seus pares. Outro citado foi Julio Andrade, intérprete de Rubinho, que, segundo fontes internas da produção, teria coordenado detalhes da cena de sua morte para que ficasse mais parecido com o que ele tinha imaginado do trecho.
As fontes do UOL afirmam que a diferença entre o comportamento de Julio Andrade e Cauã Reymond é a postura. A abordagem de Julio seria sempre respeito e mais sugestiva e alinhada com o representante da direção presente, mas que seu detalhismo atrasou as gravações e gerou retrabalhos.
Ainda na coluna, foi destacada a fala de uma fonte anônima: "Uma zona completa, e o ambiente descontraído demais. O diretor parecia não ter voz, não era ouvido pelos atores e parecia ter medo de estar dirigindo os dois. Os diretores estão tão inseguros que perguntam a todo momento aos atores se eles estão confortáveis com as marcações que eles sugerem e depois questionam se eles ficaram satisfeitos com o que foi gravado.”
Medidas internas tem sido tomadas para conter o avanço da crise. Nesta terça-feira (22), a Folha de S. Paulo publicou que Paulo Silvestrini irá dirigir pessoalmente as cenas de Maria de Fátima e César para evitar mais ruídos.
A Globo, por outro lado, se manifestou dizendo que os boatos não procedem: "Paulo Silvestrini lidera uma equipe experiente de direção. O diretor está na TV Globo há mais de 30 anos, onde dirigiu dezenas de novelas, como "Torre de Babel" (1998), "Da Cor do Pecado" (2003), "Avenida Brasil" (2012), "Joia Rara", que foi vencedora do Emmy Internacional 2014, entre outras. Com "Vai na Fé" (2023), foi vencedor do prêmio APCA 2024. Paulo é reconhecido e respeitado por atores e integrantes da produção."
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