Dívidas e indiciação: Entenda o polêmico cancelamento das turnês da Ivete e Ludmilla

O cancelamento das turnês de Ivete Sangalo e Ludmilla tomaram conta das redes sociais nesta quarta-feira (15) e surgiram boatos sobre a produtora 30e, que cuida da carreira das duas cantoras. Entenda o que aconteceu e saiba os detalhes da polêmica:

Em suas redes sociais, as cantoras se pronunciaram por meio de uma nota oficial e deram suas versões sobre a situação. "Por motivos que fogem do controle de Ludmilla e sua equipe, a Ludmilla in the House Tour está cancelada. A decisão foi tomada mediante o não cumprimento por parte da produtora responsável pela turnê das condições previstas no pré-contrato para a viabilidade dos shows planejados há meses", diz Ludmilla, em comunicado.

Já Ivete Sangalo pontuou que a decisão foi bastante dolorosa, mas por forças maiores. "A decisão, embora dolorosa, revelou-se necessária a partir da constatação de que a produtora responsável pela realização dos shows não conseguiria garantir as condições necessárias para que as apresentações da artista acontecessem da forma como foram concebidas com a excelência e segurança prometidas e acordadas".

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A produtora também fez seu pronunciamento e afirmou que a decisão teria sido tomada pelas artistas. "A produtora lamenta, mas respeita a decisão unilateral das artistas e esclarece que, em nenhum momento, avaliou o cancelamento das duas turnês", diz a nota divulgada pela 30e.

Muitos internautas, inclusive, opinaram sobre a situação. Alguns disseram que o motivo seria falta de público já que, segundo eles, os ingressos estavam caríssimos. “Sem plateia não tem show, não tem nada!”, “Foi cancelado por falta de público”, “Motivos: falta de demanda”, “Os valores eram estratosféricos e isso é reflexo de como é difícil fazer um projeto grandioso, eu caí pra trás com os preços”, disseram alguns.

Polêmicas envolvendo a produtora

Entretanto, de acordo com o jornal O Dia, a produtora tem polêmicas em seu histórico. Ela foi indiciada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, em abril, pela morte do jovem João Vinicius Ferreira, aos 25 anos, eletrocutado durante o festival de música I Wanna Be Tour, realizado no Riocentro, na Zona Oeste do Rio.

O evento aconteceu em março e, no dia da fatalidade, uma tempestade atingiu o local. Ao tentar se proteger da chuva, o jovem encostou em um food truck e recebeu uma descarga elétrica. Ele sofreu uma parada cardíaca, chegou a ser reanimado e encaminhado ao hospital, mas não resistiu.

O site ainda afirma que, ao todo, foram indiciadas 13 pessoas, entre coordenadores e supervisores do evento, eletricistas, proprietários, gestores, engenheiros e responsáveis técnicos do Riocentro. No início de maio, um show da Supertunê de Jão (29), que aconteceria no Riocentro e produzido pela 30e, foi cancelado devido ao indiciamento.

E as polêmicas não param por aí… Isso porque o Splash, da UOL, teve acesso à certidão de débitos trabalhistas da empresa, que mostra que há dez processos de autuação abertos no sistema do Ministério do Trabalho. De acordo com o site, a 30e acumula uma dívida superior a R$ 2,6 milhões. A produtora teria descumprido regras estabelecidas na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), além de manter funcionários sem registros.