Luise Wischermann, que era a Pituxa Alemã, conta detalhes de sua batalha contra doença autoimune
A ex-Paquita Luise Wischermann, que era conhecida como Pituxa Alemã, revelou a sua batalha contra a esclerose múltipla. Em um desabafo emocionante, ela relembrou que descobriu a doença no início dos anos 2000 e, agora, criou uma página para arrecadar dinheiro para escrever um livro.
Luise revelou como foi receber o diagnóstico após realizar exames dolorosos quando morava no Canadá. "Era o ano de 2005 e pouco se sabia sobre a esclerose múltipla. Como que isso foi acontecer logo comigo? Não entendi nada. O que fazer? Para onde ir? Como seguir? Meu mundo desabou. Como isso mudaria minha vida daqui pra frente.? Ainda fico com raiva, choro, fico frustrada? Claro que sim e muito tudo isso, mas achei armas para me fortalecer, me ajudar, focar e crescer".
“Comecei a sentir desequilíbrio andando pelas ruas perto da minha casa em Toronto e também não sentia frio, por vezes fazia 20 graus abaixo de zero e eu saía de casa sem casaco, com um xale e um chapéu. Eu simplesmente não sentia frio. Meu médico começou a ter suspeitas de que algo muito errado estava acontecendo comigo. Pouco tempo depois, subindo as escadas do meu apartamento, no degrau 18, desmaiei… 9 pontos no rosto, muitos roxos pelo corpo e 2 dentes quebrados. Assim descobrimos a tal da Esclerose Múltipla", contou.
A ex-Paquita revelou que se separou logo após descobrir a doença. "Pedi para separar e que ele saísse de casa. Ele não saiu e disse que eu deveria pegar meu escritório, o quarto do meu filho e minhas coisas. Como? Assim o fiz. Senti na pele o significado de rejeição e descaso. Não foi humano, não foi gentil, não foi amigo. Imagino que deve ter sido muito difícil lidar com a nova realidade e mesmo que o amor tivesse acabado, não teve respeito, amizade nem compaixão. Foi difícil, mas sou resiliente e tinha um filho para criar. Aprendi que a vida é assim: cheia de surpresas. E vamos em frente", afirmou ela, que voltou ao Brasil pouco depois.
Agora, Luise Wischermann quer escrever um livro sobre sua luta e busca arrecadar o valor de R$ 120 mil em um financiamento coletivo.
"Sabe quando a vida sorri pra você desde sempre? Infância perfeita, adolescência trabalhando como Paquita, vivendo o sonho de milhares de meninas no Brasil, estudo no exterior, trabalho em tvs estrangeiras, até que um dia, tudo muda. Essa é a minha história e somos milhares de pessoas na mesma condição de saúde que a minha, esclerose múltipla. Quero inspirar você e mostrar que tudo é possível, com fé, resiliência e positividade. A vida vira a gente ao avesso, mas descobri que o avesso era o meu certo".
Em suas redes sociais, ela mostrou uma foto com o rosto machucado e disse: "A esclerose já me machucou muito. Mas como tudo na vida, levantei, procurei e aprendi. Essa é uma das muitas histórias que contarei no livro Por que não eu? Superação é comigo!".