Longe dos holofotes da televisão, a atriz Renata Sayuri desabafa sobre como enfrenta transtorno afetivo bipolar e cuida da saúde mental
A atriz Renata Sayuri, 44, desabafou em suas redes sociais na última quinta-feira (10) sobre saúde mental e detalhou como lida com o transtorno afetivo bipolar em uma sequência de vídeos em seu feed.
Diagnosticada há duas décadas com o transtorno, Renata Sayuri é conhecida por sua presença como atriz e apresentadora de programas populares durante sua juventude. Entre eles, a novela adolescente Malhação, na TV Globo, e Pequena Travessa, no SBT, e por comandar o Band Kids. Posteriormente, ela se afastou da vida pública para cuidar de sua saúde.
"Tenho o intuito de dividir as informações com vocês e ajudar quem possa estar necessitando um pouco de espelhamento e de se sentir inclusa no mundo”, pontuou Sayuri, que frequentemente debate o assunto em seu perfil para fortalecimento da empatia.
Em publicações mais recentes, a ex-Malhação explicou como enfrenta as questões psiquiátricas com o auxílio de especialistas. “Optei pelo tratamento apenas depois da segunda crise, que aconteceu três anos depois da primeira. Hoje, para mim, é muito mais fácil administrar porque já convivo com isso há muitos anos", destacou.
Parte do desafio dos problemas psicológicos está em não internalizar as vozes externas que diminuem a dor ou o sofrimento da pessoa em tratamento. "Preconceito existe fora e existe dentro também. O preconceito existe dentro mesmo de quem tem a doença. É preciso olhar para dentro e prestar atenção”, reflete ela.
A luta se torna pessoal quando o indivíduo se encontra desafinado consigo mesmo, dificultando o processo de estabilidade emocional. “A sua mente pode baixar sua autoestima, como se você concordasse com o preconceito, como se você passasse a achar que você não tem valor. É bom olhar para dentro e não usar o preconceito contra nós mesmos”, completou.
A atriz também citou exemplos de como seus relacionamentos amorosos travaram seu progresso em ter uma vida mental mais saudável. Um de seus ex-namorados reclamava do quanto Sayuri era reclusa em ocasiões sociais, quando ela se recolhia por sentir sonolência, um dos efeitos colaterais da medicação.
“Uma vez, ele brigou comigo porque eu saía no meio das festas e ia dormir. Na época, eu atendi o desejo dele. Continuei a tomar o remédio, mas passei a fazer um esforço para continuar naquela situação das festinhas, mas era uma situação completamente desagradável para mim”, desabafou e disparou: “Não é amor a falta de sensibilidade do outro, que não percebia as minhas necessidades".
O transtorno afetivo bipolar é um transtorno de humor caracterizado por oscilações extremas de energia e comportamento, com episódios de mania ou depressão. Na mania, o indivíduo pode sentir euforia ou irritablidade com impulsividade e perda do sono e na depressão, a tristeza profunda, apatia e pensamentos suicidas. O diagnóstico deve ser realizado por um psicólogo ou psiquiatra e tratado com psicoterapia, medicamentos e um estillo de vida personalizado para regular o paciente.
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