Laudo do IML desmente relato do amigo de empresário morto, que disse que ele havia consumido bebida e drogas antes de cair no buraco; veja os detalhes
Publicado em 13/06/2025, às 13h30 - Atualizado às 14h22
Nova atualização no caso de Adalberto Amarilio Junior que foi encontrado morto no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo. Desta vez, o laudo do IML desmentiu o depoimento feito por seu amigo que o acusou de beber oito latinhas de cerveja e ter usado maconha durante o evento. Veja detalhes!
Segundo laudo feito pelo IML, o empresário não consumiu álcool e nem drogas durante o evento automotivo, contradizendo o depoimento feito por seu amigo, Rafael Aliste, que o acompanhava no local.
Em depoimento à Polícia Civil de São Paulo, o amigo afirmou que Adalberto estava “muito nervoso, ansioso, agitado e eufórico” por conta da mistura de álcool e drogas. Porém, a delegada Ivalda Aleixo, que comanda o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), já havia considerado esse comportamento incomum, especialmente se levado em conta o efeito geralmente sedativo dessas substâncias.
No novo depoimento feito pelo amigo da vítima, ele passou por uma técnica chamada perfilamento criminal, nela, especialistas como peritos, psicólogos e criminólogos analisam o comportamento da pessoa para entender melhor sua mente e atitudes. Isso ajuda a polícia a encontrar suspeitos em casos em que não há pistas claras.
De acordo com a delegada, não houve acidente e roubo, além de ser quase impossível uma queda acidental, pois a vítima não se debateria nem tiraria as roupas. Como piloto de kart experiente, ele conhecia bem o local e provavelmente tentou cortar caminho para chegar até o veículo. A hipótese principal dos investigadores é que o empresário se envolveu em um confronto durante esse trajeto. “Nesse confronto, especula-se que a pessoa poderia ter pressionado Adalberto com o joelho ou sentado nas costas dele, causando uma compressão torácica e fazendo com que o empresário desmaiasse”, explicou Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios da Polícia Civil de São Paulo.
A polícia descartou a hipótese de roubo seguido de morte, porque, mesmo com o sumiço de uma câmera GoPro que estava no capacete, outros itens de valor, como a jaqueta, o celular e os cartões, não foram levados.
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