Cachorro resgatado da enchente no Rio Grande do Sul chamou atenção por continuar 'nadando no ar'. Saiba o que está relacionado ao comportamento
Milhares de animais foram resgatados das enchetes no Rio Grande do Sul. Um pet de estimação abraçado por sua tutora foram socorridos em um hicóptero, já em cavalo totalmente ilhado também conseguiu ser salvo.
Na semana passada, a influenciadora digital Di Leite compartilhou um vídeo no qual cães resgatados continuaram a ‘nadar’ no ar, mexendo as patas como se ainda estivessem na água. O comportamento pode ter relação com o trauma de toda a situação.
De acordo com o biológo Kayron Passos, especialista em bem-estar animal, os animais que apresentaram tal comportamento estavam em choque. O profissional também destaca que assim como o ser humano, os animais também contam com o instinto de sobrevivência.
"Sempre que nosso sistema nervoso 'aprende' algo novo, ele cria uma nova sinapse. Sinapses são conexões entre neurônios que podem determinar aprendizados, memórias, mecanismos de ação fisiológica. Por exemplo, se estamos com a bexiga cheia, fechamos o esfíncter da uretra para não fazer xixi na calça", diz em entrevista ao UOL.
"Quando passamos por uma situação traumática, nosso cérebro pode associar essa situação a uma resposta como gritar, chorar, comer demais, não fazer nada ou realizar um comportamento instintivo de sobrevivência — no caso do cãozinho, nadar. Quando ele se encontra em estado de choque traumático, o sistema nervoso está preso àquela situação e, consequentemente, repetindo as conexões estabelecidas nele e tende a esperar outro ataque constantemente", conclui.