O suspeito de matar Lucas Alves e Leonardo Sousa, pai e filho de 4 anos no Ceará é decapitado dois dias após ganhar liberdade
Publicado em 17/03/2025, às 20h59
A polícia cearense segue investigando uma série de crimes que teve desdobramentos trágicos nas últimas semanas. Eugênio Mesquita Moreira, um dos suspeitos de assassinar Lucas Pires Alves e seu filho, Leonardo Sousa Pires, de apenas quatro anos, foi encontrado morto em uma mata na cidade de Tururu, no Ceará. Seu corpo estava decapitado, com a cabeça separada do tronco. A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social confirmou que Eugênio foi executado com disparos de arma de fogo, mas ainda não há informações concretas sobre a motivação do crime. A principal suspeita é de que sua morte possa estar relacionada ao duplo homicídio que ele mesmo havia confessado.
O desaparecimento de Lucas e Leonardo aconteceu no dia 29 de janeiro, quando pai e filho foram vistos pela última vez. Segundo a família, Lucas pegou o filho na casa da mãe para levá-lo ao cabeleireiro e comprar material escolar. Eles chegaram a ir à barbearia, mas depois não foram mais encontrados. Durante as buscas, familiares descobriram que Lucas havia mencionado uma visita ao local onde trabalhava, na zona rural entre Uruburetama e Itapipoca, para verificar a situação do gado sob seus cuidados. Horas depois, sem notícias, os parentes acionaram as autoridades, dando início às investigações.
Segundo matéria do g1, em 13 de março, dois suspeitos foram presos e informaram à polícia onde os corpos das vítimas haviam sido enterrados. Eugênio Mesquita, um dos detidos, revelou que os restos mortais estavam em uma área de mata fechada na zona rural de Uruburetama. Com essa informação, equipes da Perícia Forense e do Corpo de Bombeiros foram mobilizadas para localizar e remover os corpos. Em depoimento, Eugênio afirmou que o crime foi motivado por uma dívida de Lucas Pires, embora a polícia ainda não tenha confirmado essa versão como única hipótese para o assassinato.
O que surpreendeu a população foi o fato de que, um dia após sua prisão, Eugênio obteve um alvará de soltura, expedido pela Vara Única Criminal de Itapipoca. Dois dias depois, em 16 de março, ele foi encontrado morto e decapitado na mata. A brutalidade do assassinato levantou suspeitas sobre um possível acerto de contas, mas até o momento não há confirmação se sua execução está diretamente ligada ao crime contra Lucas e Leonardo. A polícia segue investigando o caso e não descarta a participação de outros envolvidos na morte de Eugênio.
Além do impacto da violência, outro mistério ainda intriga as autoridades: o paradeiro da motocicleta em que Lucas e o filho estavam no dia do desaparecimento. O veículo não foi localizado, e a polícia acredita que ele possa ter sido ocultado para dificultar a elucidação do crime. Enquanto isso, a comunidade local acompanha com apreensão os desdobramentos do caso, aguardando por mais respostas e pela responsabilização dos envolvidos.
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