Funcionários da Embaixada de Israel foram mortos a tiros em Washington, nos EUA; embaixador divulgou uma nota lamentando o assassinado
Na noite da última quarta-feira (21), um ataque a tiros em Washington, capital dos Estados Unidos, resultou na morte de dois funcionários da Embaixada de Israel. O crime, que ocorreu logo após um evento no Museu Judaico da Capital, foi classificado pelas autoridades americanas como um ato de antissemitismo. O suspeito foi preso pouco depois do atentado.
As vítimas foram identificadas como Yaron Lischinsky e Sarah Milgram, ambos envolvidos com atividades diplomáticas e humanitárias ligadas à comunidade judaica nos Estados Unidos. Eles deixavam uma conferência sobre ações de ajuda para civis em Gaza quando foram surpreendidos pelo atirador.
Yaron Lischinsky e Sarah Milgram não eram apenas colegas de trabalho: viviam uma história de amor marcada por planos em comum e um forte compromisso com causas sociais. Segundo autoridades israelenses, os dois estavam em uma fase especial da vida, profissionais em ascensão, engajados na diplomacia e na ajuda humanitária, e prestes a dar um novo passo na relação.
O casal havia planejado oficializar o noivado em poucos dias, durante uma viagem a Jerusalém. Yaron, que nasceu em solo alemão e era cidadão israelense, comprou o anel de compromisso pouco antes do ataque. Sarah, por sua vez, era americana, com uma trajetória marcada pelo ativismo desde a juventude.
A notícia da morte de Yaron e Sarah abalou a comunidade diplomática. Em nota oficial, a Embaixada de Israel nos Estados Unidos expressou profunda tristeza e se declarou "de coração partido e arrasada". O embaixador Yechiel Leiter lamentou a perda dos colegas e destacou o quanto ambos eram respeitados e admirados.
"Eles eram jovens, promissores e profundamente comprometidos com o trabalho diplomático e humanitário", disse ele.
Sarah Milgram atuava no setor de diplomacia pública e dedicava sua carreira a causas ligadas ao diálogo inter-religioso e à justiça social. No LinkedIn, destacava-se sua pesquisa acadêmica voltada à construção da paz entre israelenses e palestinos, com foco em iniciativas de base.
Desde a adolescência, ela já dava sinais de engajamento: cresceu em Kansas City e ganhou notoriedade local ao se posicionar contra ataques antissemitas ainda no ensino médio, após sua escola ser alvo de pichações com suásticas.
Em entrevista à época, afirmou: "Sabe, eu me preocupo em ir à sinagoga e agora tenho que me preocupar com a segurança na minha escola, e isso não deveria ser problema". Em suas redes e apresentações profissionais, Sarah se definia como uma mulher determinada a "construir pontes, promover a harmonia religiosa e impulsionar práticas sustentáveis".
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