Jovem que matou aluna com uma facada no coração entregou cúmplice ao confessar crime em depoimento; caso aconteceu em uma escola de MG
Durante a confissão do assassinato da estudante Melissa Campos, de 14 anos, o adolescente autor do crime entregou um cúmplice que também participou do planejamento do ataque. A revelação foi feita à Polícia Civil de Minas Gerais horas após o crime, quando o jovem foi localizado e interrogado.
De acordo com ele, um colega de sala teria colaborado na preparação da ação dentro da escola particular em Uberaba (MG). A polícia confirmou a versão do agressor ao encontrar evidências da atuação em dupla, incluindo anotações nos cadernos dos criminosos e registros das câmeras de segurança da escola.
O segundo suspeito foi apreendido dois dias depois e, assim como o autor do golpe fatal, está internado provisoriamente em um centro de atendimento socioeducativo. O crime ocorreu no dia 8 de maio, dentro da sala de aula, e causou comoção em todo o país. As investigações apontam que a ação foi premeditada. Imagens de segurança mostram o momento em que Melissa recebe um bilhete contendo sua "sentença de morte", segundos antes de ser atacada.
O delegado Cyro Moreira, responsável pelo caso, explicou que o agressor surpreendeu a vítima com um ataque direto ao coração. Inicialmente, acreditava-se que ele usou uma tesoura, mas depois a polícia confirmou que o instrumento do crime foi uma faca.
"O autor tomou a vítima de surpresa, desferindo um golpe de faca no seu coração. Antes, entregou a ela uma sentença de morte em que informava que seria condenada à morte por estrangulamento, mas acabou usando uma faca", afirmou o delegado.
Melissa chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. O primeiro a prestar atendimento foi o pai de uma aluna, que também é delegado e estava nas proximidades. Ele acionou reforço policial rapidamente.
Após o crime, o autor deixou a sala calmamente e fugiu a pé. Foi encontrado horas depois na rodovia AMG-2595, graças a uma denúncia anônima. Ao ser capturado, confessou o crime, revelou onde havia deixado a faca, que estava cravada em uma árvore, e apontou o envolvimento do colega.
Ainda durante o depoimento, o adolescente revelou à polícia que a motivação para o assassinato teria sido "inveja" da vítima, o que, conforme disseram os investigadores, torna o crime ainda mais perturbador e difícil de compreender.
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