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Jovem com tumor raro que alterou a cor da pele luta por remédio

Jovem com tumor raro que levou a mudança na cor de pele tenta obter remédio de alto custo na Justiça

Everton Henrique
por Everton Henrique

Publicado em 02/11/2024, às 17h45

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Jovem com tumor raro que alterou a pele luta por remédio - Reprodução/ Instagram
Jovem com tumor raro que alterou a pele luta por remédio - Reprodução/ Instagram

Sabrina Gomes, de 24 anos, enfrenta há dez meses uma batalha para receber um medicamento essencial que pode transformar sua vida. Moradora de Fortaleza, ela foi diagnosticada com Síndrome de Cushing e um raro timoma, um tumor localizado no tórax que afeta gravemente sua saúde. Desde então, Sabrina aguarda a liberação do medicamento pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), cada dose custando cerca de R$ 32 mil, sendo necessárias quatro doses para o tratamento.

O timoma de Sabrina provoca a produção excessiva do hormônio ACTH, responsável por estimular as glândulas adrenais a liberar cortisol, hormônio essencial para o equilíbrio do organismo. Contudo, em níveis elevados, o cortisol causa complicações graves, incluindo insuficiência renal, hipertensão e problemas respiratórios. "Minha pele escureceu bastante, não estou conseguindo falar muito bem, e andar me deixa exausta", relata Sabrina ao g1 sobre os sintomas debilitantes da doença.

Os efeitos da Síndrome de Cushing impactam profundamente a vida da jovem. Sabrina vive com acúmulo de gordura, fadiga extrema e dificuldade de cicatrização, consequências diretas do excesso de cortisol no corpo. "Já faz dias que não consigo dormir. Toda essa situação deixa minha saúde física e mental muito fragilizada", confessa. Sua condição chegou ao ponto de causar derrame pleural e pericárdico, resultado da complexidade de sua doença.

A jornada de Sabrina no sistema de saúde inclui múltiplas sessões de quimioterapia, radioterapia e quatro cirurgias, sem que o tumor tivesse uma resposta satisfatória ao tratamento convencional. Atualmente, a esperança reside no lutécio radioativo, uma terapia inovadora que poderia estabilizar, ou até mesmo erradicar, o tumor. A medicação, porém, ainda não foi disponibilizada pelo sistema público.

Apesar dos desafios, Sabrina mantém a fé de que o tratamento será liberado. Para ela e sua família, cada dia sem a medicação é uma luta contra o tempo e contra os sintomas que se intensificam. "Minha vida está em espera, aguardando um remédio que pode me devolver a saúde e, quem sabe, a possibilidade de viver com qualidade", desabafa a jovem.

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