Jovem expõe importunação sexual de homem em trem de SP e vídeo do momento repercute nas redes sociais; outras mulheres reconheceram o suspeito
No dia 20 de fevereiro, um incidente de importunação sexual dentro de um trem da CPTM, na linha 7-Rubi, em São Paulo, chamou a atenção das redes sociais após uma jovem de 20 anos compartilhar o vídeo do ocorrido. O registro, que se tornou viral, ocorreu quando a vítima percebeu um homem ao seu lado realizando atos indecorosos enquanto ela estudava.
Conforme reportado pelo g1, a jovem começou a gravar a situação ao se dar conta de que o homem estava roçando sua genitália em seu ombro. Em um ato corajoso, ela confrontou o suspeito, questionando: "Gente, eu peço desculpa pelo que eu vou fazer aqui, tá? Mas dá para você parar de roçar no meu braço?".
Em entrevista ao g1, a jovem relatou como se sentiu assustada e confusa inicialmente. “Achei que era uma mulher me empurrando por conta da lotação do trem ou só uma pessoa muito maluca que estava me empurrando para outras passarem, porque vinha e voltava, né? [Fazia] movimento de vai e vem. Foi quando olhei para cima, por sentir algo duro no meu braço, e percebi que era um homem. Não era uma mulher, não era uma bolsa roçando em mim. Era o pênis dele. E eu fiquei muito assustada, eu fiquei assustada por estações até eu conseguir reagir, até conseguir descongelar, pegar meu celular e falar”.
No vídeo compartilhado, a jovem é vista confrontando o agressor e pedindo que ele deixasse o trem. A ação dela foi incentivada por outras mulheres presentes no vagão, que demonstraram apoio e solidariedade. Durante o bate-boca, o homem se defendeu alegando que sua mochila havia encostado nela e chamou a vítima de "maluca".
Após o ocorrido, a equipe da CPTM orientou a moça a procurar ajuda na segurança do trem. Contudo, como precisava seguir viagem, não conseguiu registrar a ocorrência naquele momento. Posteriormente, ela se dirigiu à delegacia para formalizar um boletim de ocorrência, mas relatou ter enfrentado uma certa resistência dos policiais que minimizavam o assédio, sugerindo que realizasse a denúncia online por ser apenas um caso de assédio.
“Quando eu falei que queria fazer presencialmente, eles falaram: ‘Mas foi só assédio? Ele te agrediu? ‘Ejaculou em você? Se não, você pode fazer online mesmo, como é só assédio, faz online e não precisa esperar aqui”, lembrou a vítima.
O caso ganhou repercussão nas redes sociais e levou outras mulheres a reconhecerem o suspeito e compartilharem experiências semelhantes vividas com ele. A identificação do agressor foi confirmada pela Polícia Civil; no entanto, até o momento ele não prestou depoimento sobre os fatos.
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