Menino de 12 anos morre após infecção grave causada por piolhos

A cidade de Sabinas, no estado mexicano de Coahuila, foi tomada pela comoção após a trágica morte de um menino de 12 anos vítima de uma infecção grave causada por piolhos hematófagos. O estudante, identificado como Amador Flores Vargas, foi levado ao hospital em estado crítico. Ele apresentava febre contínua, desidratação severa e sinais claros de falência múltipla dos órgãos. O caso, considerado raro, acendeu um alerta entre profissionais de saúde e autoridades locais.

Amador foi atendido no Hospital Materno Infantil de Coahuila, onde os médicos confirmaram um quadro avançado de septicemia decorrente de uma infecção por riquétsias — bactérias transmitidas por parasitas como piolhos, carrapatos e pulgas. O diretor da unidade, Francisco Iribarren, detalhou que o garoto chegou à emergência com falência hepática e contagem extremamente baixa de plaquetas. "A infecção já estava muito avançada quando ele deu entrada", informou o médico, explicando que a bactéria já havia comprometido seriamente o organismo do menino.

A riquétsiose, como é chamada a doença provocada pela bactéria Rickettsia, costuma ser confundida com infecções virais comuns nas fases iniciais. Entre os sintomas estão febre persistente, dores no corpo, náuseas, vômitos e erupções cutâneas. No entanto, quando o diagnóstico é tardio e o tratamento não é iniciado rapidamente, a infecção pode evoluir para uma condição extremamente grave, como ocorreu no caso de Amador. Os médicos acreditam que ele já estava infectado havia mais de uma semana antes de procurar socorro.

Após a confirmação da causa da morte, as autoridades de saúde implementaram um cordão sanitário em torno da residência da família de Amador. Equipes de vigilância epidemiológica realizaram varreduras nas casas próximas e iniciaram ações de desinfestação para conter uma possível disseminação do parasita. O epidemiologista Alfredo De León Camacho reforçou a importância de procurar atendimento médico ao surgirem sinais de febre alta e manchas pelo corpo. “Quanto antes o tratamento começar, maiores são as chances de recuperação”, ressaltou.

Apesar de casos como esse serem incomuns, especialistas alertam que a prevenção ainda é a forma mais eficaz de evitar infecções desse tipo. Manter bons hábitos de higiene, inspecionar o couro cabeludo de crianças com frequência e evitar o compartilhamento de objetos pessoais como escovas e bonés são atitudes simples, mas fundamentais.

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