Uma mulher foi presa no Maranhão após uma criança de 7 anos morrer, ela é suspeita de envenenar 3 pessoas da mesma família com ovo de Páscoa
Publicado em 17/04/2025, às 17h26
Uma tragédia chocou a cidade de Imperatriz, no Maranhão, após a morte de uma criança de 7 anos e a internação grave de duas pessoas da mesma família. O caso ganhou repercussão nesta quinta-feira (17), quando a polícia confirmou que um ovo de Páscoa, enviado como presente anônimo, continha substâncias suspeitas de envenenamento. A principal suspeita do crime é Jordélia Matos Araújo, de 36 anos, que foi presa enquanto viajava em um ônibus interurbano na cidade de Santa Inês, a cerca de 300 km do local do crime.
Jordélia, segundo a investigação, teria planejado o crime por vingança. Ela é ex-namorada do atual companheiro de Mirian Lira, de 32 anos, uma das vítimas do envenenamento. O presente chegou à casa da família na quarta-feira (16), através de um motoboy. Acompanhando o ovo, havia um bilhete romântico: “Com amor, para Mirian Lira. Feliz Páscoa”. Pouco depois, Mirian recebeu uma ligação de uma mulher que perguntava se ela havia recebido o chocolate. A identidade da pessoa que ligou não foi revelada, mas Mirian estranhou o contato e chegou a questionar quem era, sem obter resposta.
Luís Fernando Rocha Silva, filho de Mirian, foi o primeiro a consumir o doce. Em poucas horas, o menino começou a passar mal e foi levado com urgência ao Hospital Municipal de Imperatriz. Apesar dos esforços médicos, a criança não resistiu. A morte precoce do garoto comoveu a comunidade local e levantou o alerta sobre a origem do presente. Ainda no hospital, Mirian passou a apresentar sintomas como mãos arroxeadas e falta de ar, sendo imediatamente internada na UTI. Evelyn Fernanda Rocha Silva, de 13 anos, irmã de Luís Fernando, também deu entrada na unidade com sintomas semelhantes.
As duas permanecem entubadas e em estado grave, segundo informações da equipe médica. A polícia trabalha com a hipótese de crime premeditado e aponta Jordélia como autora intelectual do envenenamento. “A família recebeu o ovo como se fosse um presente de um admirador secreto. Tudo foi planejado”, afirma uma fonte da investigação. As autoridades informaram que amostras do doce foram encaminhadas ao Instituto de Criminalística de Imperatriz (Icrim), que está analisando o material para confirmar a presença de substâncias tóxicas.
A Polícia Civil do Maranhão, em parceria com o setor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública, prendeu Jordélia em flagrante. O caso está sendo tratado com prioridade máxima. Enquanto isso, familiares e amigos se mobilizam em orações e solidariedade pela recuperação de Mirian e Evelyn, e clamam por justiça diante de um crime tão cruel e calculado.
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