Tatiele de Sousa e Maria Gisleia fizeram a denúncia do caso de lgbtfobia após serem rejeitadas por premiação do Dia das Mães
Um casal lésbico denunciou um caso de homofobia no Maranhão, após ser impedido de participar de um sorteio de Dia das Mães organizado pela Prefeitura de Centro Novo do Maranhão, cidade localizada a 261 km da capital São Luís. O caso foi revelado pela TV Mirante.
Em entrevista à emissora, Tatiele de Sousa e Maria Gisleia afirmaram que foram informadas que as duas não poderiam usufruir da premiação por serem lésbicas. O caso se iniciou após Gisleia ganhar uma geladeira no evento, mas ser impedida de levá-la para casa. Segundo a organização, ela deveria participar do sorteio do Dia dos Pais.
“A gente tem dois filhos que criamos há mais de 4 anos juntas. São as coisas que ele falou, dizendo que eu não podia parir, que eu era ‘sapatona’, que lá não era meu lugar, que meu lugar era no dia dos pais”, disse Maria, incomodada com a forma que foi tratada.
Em resposta ao caso, a Prefeitura de Centro Novo do Maranhão enviou uma nota a um jornal local e garantiu que não compactua com qualquer crime de ato discriminatório, em relação à orientação afetiva sexual ou identidade de gênero. O caso será investigado de maneira administrativa.
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“Ele jogou na cara de todo mundo que ela não pode ser mãe porque ela é lésbica, porque ela mora comigo. Ela já é mãe, não tem esse negócio de poder, não. Ela cria dois filhos aqui em casa”, relatou Tatiele.
Apesar do retorno da prefeitura, Maria e Tatiele fizeram um boletim de ocorrência, para tentar um retorno à justiça. O caso foi registrado na cidade de Maracaçumé, já que Centro Novo do Maranhão não possuía delegacia própria.
Vale destacar que a LGBTfobia é considerada crime e, caso seja comprovado, a pessoa está sujeita a pena de prisão conforme previsto em lei. Na prática, os responsáveis por atos dessa natureza não terão direito a fiança e não terão limite de tempo para responder judicialmente.